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Sábado, 03 de agosto de 2024

Notícias | Economia

Bolsas dos EUA sobem impulsionadas por bancos e dados de emprego

As Bolsas dos Estados Unidos encerraram a semana com valorização. As duas boas notícias do dia foram a divulgação dos resultados do "teste de estresse" que o governo americano aplicou nos principais bancos e os dados melhores que o esperado sobre o nível de desemprego no país.


O índice Dow Jones Industrial Average, principal indicador da Nyse (Bolsa de Valores de Nova York, na sigla em inglês), subiu 1,96%, para 8.574,65 pontos, enquanto o índice ampliado S&P 500 avançou 2,41%, para 929,23 pontos. Na Bolsa tecnológica Nasdaq, o indicador Nasdaq Composite valorizou 1,33%, para 1.739 pontos.

O Departamento do Trabalho divulgou nesta sexta-feira que a economia americana fechou 539 mil postos de trabalho em abril, ante as 699 mil demissões registradas em março. A taxa de desemprego, por sua vez, passou de 8,5% em março a 8,9% no mês passado.

O que parece um dado ruim foi bem recebido pelo mercado por dois motivos. Primeiro porque é o menor volume de demissões em seis meses --indicando uma possível recuperação do mercado de trabalho-- e por ter vindo bem melhor do que o esperado pelos analistas do setor. Eles projetavam uma perda líquida de aproximadamente 600 mil vagas.

"As notícias nunca são boas quando são negativas", afirmou Alan Skrainka, estrategista da Edward Jones. "Mas não há como mudar o fato de que as taxas [de desemprego no país] estão desacelerando."

Teste dos bancos

Ajudaram a impulsionar os negócios a alta nas ações do setor bancário, com destaque para os papéis do do Bank of America e do Well Fargo, que tinham valorização de até 9%. As duas instituições anunciaram que podem conseguir as quantias recomendadas pela avaliação do Fed para enfrentar a crise.

O executivo-chefe do Bank of America, Kenneth Lewis, defendeu que o banco tem meios para obter os US$ 33,9 bilhões. Ontem, a instituição anunciou que vai vender ao menos US$ 1,25 bilhão em ações.

O Wells Fargo, por sua vez, anunciou que fará uma emissão de novas ações ordinárias no valor de US$ 6 bilhões para impulsionar a capitalização do banco. Ao banco foi sugerido a arrecadação de mais US$ 13,7 bilhões em fundos para enfrentar uma eventual piora na economia.

Ontem, o Fed (Federal Reserve) informou que o "teste de estresse" mostrou que dez dos 19 maiores bancos dos Estados Unidos terão que captar US$ 74,6 bilhões em fundos próprios para poderem suportar uma eventual piora da recessão no país.

Alvo de especulação ao longo de toda a semana, o resultado do teste ficou dentro da expectativa do mercado --de que os bancos precisariam de algo entre US$ 65 bilhões e US$ 100 bilhões.

O banco que mais precisa de recursos é o Bank of America, o segundo maior do país, que deve captar US$ 33,9 bilhões. Em seguida aparecem Wells Fargo (US$ 13,7 bilhões), GMAC (US$ 11,5 bilhões), Citigroup (US$ 5,5 bilhões) e Morgan Stanley (US$ 1,8 bilhões).

Nove das instituições financeiras submetidos ao "teste de estresse" não vão precisar captar fundos, informou o Fed. Entre eles estão o JPMorgan Chase-- o terceiro maior do país--, a emissora de cartões de crédito American Express, o banco de investimento Goldman Sachs e a seguradora MetLife.
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