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Domingo, 04 de agosto de 2024

Notícias | Economia

Governo da Venezuela compra filial do Santander por US$ 1 bilhão

O governo da Venezuela pagará US$ 1,050 bilhão (cerca de R$ 2,12 bilhões) ao grupo espanhol Santander pela sua filial no país, o Banco da Venezuela, nacionalizado em 2008. A negociação foi divulgada por Ramón Carrizález, vice do presidente Hugo Chávez, nesta sexta-feira.


O valor corresponde a todas as ações do grupo Santander no Banco da Venezuela, que correspondem a 96% do capital, desde 1996. A venda era negociada desde julho do ano passado, mas havia um impasse sobre o preço a ser pago. Chávez afirmou, em março passado, que o valor do banco havia caído por causa da crise econômica mundial.

De acordo com Carrizález, 60% do valor será pago no momento da assinatura da escritura de compra e venda, no próximo dia 3 de julho, e o restante será entregue ao Santander em duas cotas iguais de pagamento com vencimento em outubro e dezembro próximos.

O vice venezuelano assegurou que a compra vai garantir emprego de todos os funcionários da instituição e as contas correntes de todos os atuais clientes do Banco da Venezuela. "Em nenhum dos processos de nacionalização os trabalhadores foram afetados, pelo contrário. Este governo tende a fortalecer a classe trabalhadora", afirmou.

Para o vice, a compra está "dentro da estratégia de desenvolvimento nacional do país" e pretende "fortalecer o setor financeiro público".

Com a nacionalização do Banco da Venezuela, o terceiro mais do país, o governo de Chávez passa a ser a parte mais poderosa do sistema financeiro do país, controlando de 12% a 13% do setor e cerca de 25% de sua renda.

O Banco da Venezuela representa menos de 2% dos negócios do Grupo Santander, instalado em toda a América Latina. O Santander adquiriu o banco venezuelano em 1996, em um leilão público, por US$ 351,5 milhões (mais de R$ 712 milhões).

O governo venezuelano iniciou em 2007 uma política de nacionalização de empresas de áreas estratégicas, como petroleiras, de telecomunicações e de energia elétrica. Em 2007, o projeto chegou às empresas de siderurgia, cimento e bancárias.


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