As ações brasileiras são negociadas com ganhos na jornada desta sexta-feira na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo). O investidor mantém o otimismo sobre o final da recessão até o final deste ano. Analistas ressaltam que a tendência pode virar até o final do pregão, com a cautela natural dos investidores devido ao feriado nos EUA na segunda. Sem Wall Street, o mercado doméstico fica sem sua principal referência externa, o que costuma esvaziar o giro de negócios do dia. A taxa de câmbio retrocede para R$ 2,02.

O Ibovespa, índice que reflete os preços das ações mais negociadas, avança 1,03% e alcança os 50.603 pontos. O giro financeiro é de R$ 2,18 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York sobe 0,73%.
O dólar comercial é cotado por R$ 2,028, em um recuo de 0,44%. A taxa de risco-país marca 305 pontos, número 2,24% abaixo da pontuação anterior.

Entre as principais notícias do dia, o governo britânico informou que o PIB (Produto Interno Bruto) do Reino Unido recuou 1,9% no primeiro trimestre de 2009 na comparação com o trimestre anterior, e 4,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Trata-se da terceira queda consecutiva do PIB local, confirmando a profundidade da recessão em uma das maiores economias da Europa.

Ontem, a agência Standard & Poor's rebaixou a perspectiva para o "rating" do Reino Unido, o que gerou um mau humor generalizado nos mercados, principalmente com a suspeita de que de eventos semelhantes podem ocorrer em outras economias centrais, como os EUA, por exemplo.

E na Ásia, o Banco do Japão (BOJ, banco central do país) melhorou suas projeções para a economia do país, estimando uma melhora do PIB no segundo trimestre. No primeiro trimestre, a economia japonesa recuou 4%. De março de 2008 a março de 2009, a queda é de 15,2%.

No front doméstico, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelou que a inflação medida pelo IPCA-15 acelerou de 0,36% em abril para 0,59% em maio, batendo com folga as expectativas dos economistas, que esperavam variação de 0,46%.

O mercado ainda aguarda o discurso de Ben Bernanke, presidente do Fed (Federal Reserve, Banco Central americano), previsto para as 15h (hora de Brasília), nos EUA.