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Segunda-feira, 05 de agosto de 2024

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Lula lamenta não ter fechado acordo sobre refinaria com Venezuela

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou nesta terça-feira, após cerimônia de assinatura de acordos com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, em Salvador (BA), que não tenha sido possível concluir acordo entre a Petrobras e a petrolífera venezuelana PDVSA para a construção de uma refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.


Segundo o presidente, que comemorou a assinatura de vários acordos comerciais, “só não foi possível concluir acordo entre Petrobras e PDVSA porque são duas moças muito bonitas e muito fortes que disputam palmo a palmo”.

Lula disse que no máximo em 90 dias, os dois países devem retomar as negociações para um acordo não apenas para construção da refirnaria, mas para a atuação da Petrobras na Faixa de Urinoco, no país vizinho.

“Se a construção da Muralha da China demorasse tanto, acabaria a humanidade e não teríamos a Muralha da China”, brincou o presidente.

A nova tentativa frustrada de chegar a um acordo entre os dois países já havia sido adidanta devido a uma vazamento da discussão entre os dois presidente com o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, por meio do sistema de tradução montado para a entrevista coletiva, prevista para logo depois do debate.

A falha no sistema permitiu que os jornalistas acompanhassem as dificuldades da negociação realizada durante encontro reservado entre os três participantes em um hotel, em Salvador (BA).

O governo venezuelano deveria entrar com 40% dos recursos para a construção da refinaria, mas até agora só o governo brasileiro investiu na obra. Isto porque a Venezuela tem feito exigências, como o direito de comercialização no Brasil de petróleo importado da Venezuela. Mas as regras brasileiras determinam que só quem pode vender internamente é a Petrobras.

Por meio do sistema de som, foi possível identificar a decepção de Chávez. Ele lamentou que os dois países não tenham sido capazes de fazer um acordo. O presidente da Petrobras esclareceu que três pontos ainda dependem de mais discussões: custos de investimento, comercialização do produto e o preço do petróleo.

Chávez reclamou. "Lamentável não sermos capazes de fazer um acordo. Confesso que estou frustrado. A culpa é dos dois governos", afirmou.

Na conversa, Lula ainda fez um comentário sobre a candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à Presidência em 2010. "Se eu conseguir eleger a Dilma (Rousseff, ministra da Casa Civil), vou ser o presidente da Petrobras e você [José Sérgio] Gabrielli vai ser meu assessor", disse Lula ao atual presidente da estatal brasileira.
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