Por problemas contratuais com o governo boliviano, o Estado de Mato Grosso corre o risco, mais uma vez, de ficar sem o gás natural veicular, fornecido pelo país vizinho, segundo informou uma fonte do Olhar Direto. "A pressão já está baixando no gasoduto que abastece Mato Grosso",confirmou.

 Ainda segundo essa fonte,caso o governo estadual não tome providências urgentes, Mato Grosso está sob risco de desabastecimento num curto espaço de tempo. No ano passado, em razão dos problemas com o governo boliviano, Mato Grosso ficou por vários meses sem receber o gás oriundo da Bolívia.  

Os maiores consumidores do gás boliviano em Mato Grosso são a Sadia Oeste e os postos de combustíveis, que abastecem principalmente a frota de táxis da Grande Cuiabá. Eles é que estariam se sentindo mais prejudicados e temem que o produto possa faltar já nos próximos 10 a 15 dias.

Outro lado

O presidente da Companhia Mato-grossense de Gás (MTGás),  encarregada da distribuição do gás em Mato Grosso, Helny de Paula, nega que o problema existe. Segundo ele, a empresa tem estoque para quatro ou cinco meses e não há risco de desabastecimento.Sobre o contrato de fornecimento com o governo boliviano, Helny de Paula disse que os preços já estão renegociados. Falta apenas o governo estadual receber a cópia do contrato e assiná-lo. Isto deve ocorrer, de acordo com Helni, já na próxima semana.

Problema antigo

Em 2008, a Bolívia suspendeu temporariamente o fornecimento de GNV para  Mato Grosso. No período, um sentimento de preocupação se espalhou entre os proprietários dos quatro mil carros convertidos no Estado. O abastecimento só retornou quando o governo ameaçou cortar energia de cidades bolivianas dependentes da usina termelétrica Mario Covas.

Na ocasião foram firmados contratos temporários com a YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos), prevendo o envio de um milhão de metros cúbicos mensais de GNV para o Brasil.


Atualizada às 17h39