O FMI (Fundo Monetário Internacional) indicou nesta segunda-feira que a economia dos Estados Unidos crescerá de uma maneira mais sólida que o previsto até agora, com uma forte recuperação da recessão em meados de 2010. Por outro lado, a entidade citou algumas ameaças, como a crise imobiliária.

Em seu informe anual sobre a economia americana, o FMI afirmou que o PIB (Produto Interno Bruto) do país deve retroceder 2,5% em 2009 e não 2,8%, como previsto em abril, e aumentar 0,75% em 2010, ao invés de permanecer estável como havia prognosticado o FMI.

"Os serviços do FMI preveem uma recuperação gradual seguida de uma forte recuperação em meados de 2010", enfatiza a entidade.

De qualquer maneira, o FMI enfatizou inúmeros riscos, entre eles a crise imobiliária, as pressões em alta das taxas de juros e o papel determinante da situação internacional.

Mais cedo, em uma visita ao Cazaquistão, o diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, disse que a economia mundial ainda terá de lidar com o pior da recessão mundial.

"A posição [do G8] é de que já estamos vendo alguns sinais verdes [na economia], mas, mesmo assim, temos de ser cautelosos (...) A maior parte do pior momento da crise ainda não ficou para trás", disse Strauss-Kahn, segundo a agência de notícias Reuters.

O diretor do Fundo se referiu à declaração feita pelos países do G8 (grupo dos sete países mais ricos e a Rússia) no sábado (13), que apontaram para indícios de estabilização na crise econômica e financeira mundial, mas alertaram que "a situação se mantém incerta e persistem riscos significativos para a estabilidade econômica e financeira".

Os ministros das Finanças dos países do grupo solicitaram a assistência do FMI para elaborar estratégias que assegurem que a recuperação seja consistente e duradoura.