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Quinta-feira, 08 de agosto de 2024

Notícias | Economia

BC eleva projeção de inflação para 2009

Em seu Relatório Trimestral de Inflação, divulgado na manhã desta sexta-feira (26), o Banco Central elevou ligeiramente sua projeção para a inflação, mas manteve a previsão de que convergirá para o centro da meta.


Para 2009, a estimativa central associada ao cenário de referência para a variação do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) em doze meses indica inflação de 4,1%, 0,1 ponto percentual acima do previsto no relatório de março. Para 2010, a projeção parte de 4,1% e atinge 3,9%, posicionando-se em torno de 4,0% em 2011.

Abaixo da meta
A partir do terceiro trimestre deste ano, o valor estimado pela autoridade monetária indica que a inflação durante ficará abaixo do valor central da meta estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), atualmente em 4,5%.

Contudo, considerando o cenário de mercado, a projeção passa para 4,2%, ou seja, 0,1 ponto percentual maior do que a associada ao cenário central, mas em linha com o apurado no último Relatório de Inflação.

Ainda assim, "isto reflete os efeitos defasados da maior ociosidade dos fatores de produção", disse a autoridade, que completou ponderando ser necessário avaliar o reaquecimento da economia, bem como uma possível elevação dos preços de matérias-primas no segundo semestre deste ano.

Atividade econômica
Embora tenha ressaltado que o segundo trimestre foi marcado pela continuidade dos processos de redução do emprego e da produção mundial, o Bacen destacou o efeito positivo da "coordenação de medidas anticíclicas", traduzidas pela melhoria de indicadores de confiança.

De acordo com o cenário de referência, o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro previsto para 2009 foi revisado para 0,8%, ante o 1,2% projetado no Relatório de Inflação de março.

Contas nacionais
Segundo o Banco Central, as perspectivas para a evolução da economia mundial seguem condicionadas à conclusão do ciclo de ajustes dos estoques e à sustentação do consumo, especialmente nos países desenvolvidos.

Neste cenário traçado, as contas fiscais refletiram o impacto das receitas do governo por conta da redução da atividade e de desonerações, assim como pela política de investimentos públicos. Contudo, o Banco Central ressaltou que o impacto de tais ações sobre a dívida líquida do setor público será contrabalançado pela redução do custo da dívida, como resultado dos cortes da taxa Selic.

Já o desempenho das contas externas "tem-se mostrado mais favorável do que o sugerido pelo ambiente macroeconômico (.), contrariando assim prognósticos pessimistas", afirmou o BC. Neste contexto, o déficit projetado para as transações correntes se mostra inferior ao de 2008, sendo financiado por investimentos estrangeiros diretos.
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