Os contratos futuros do petróleo, negociados no mercado internacional, operam em alta hoje, com os investidores mais concentrados nos fundamentos da matéria-prima (commodity), em meio à relativa tranquilidade no mercado de ações nesta manhã.
Às 11 horas (de Brasília), o contrato futuro do petróleo tipo WTI com vencimento em abril subia 3,59%, para US$ 41,58 o barril, na sessão eletrônica da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês). Em Londres, o contrato futuro do petróleo tipo Brent com mesmo vencimento avançava 3,48%, para US$ 43,68 o barril. No mesmo horário, os índices futuros das Bolsas de Nova York subiam pouco menos de 1%, mesma variação positiva apresentada pelos mercados na França e Alemanha.
Os sinais de que os cortes de produção anunciados pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) estariam contribuindo para equilibrar a relação entre oferta e demanda oferecem suporte aos preços, apesar da persistência dos receios de que o desaquecimento econômico mundial pode enfraquecer o consumo da commodity.
"Acho que, na verdade, o mercado está se ajustando, pelo menos no lado da oferta. Acredito que os cortes da Opep foram eficientes e, além disso, há sinais de que a demanda norte-americana parou de cair", disse Simon Wardell, analista da Global Insight em Londres. "Os preços querem subir, mas a preocupação com a economia está segurando o avanço."
O mercado avalia as chances de a Opep anunciar um novo corte de produção em uma reunião agendada para o dia 15 de março, em Viena. O cartel anunciou, desde setembro do ano passado, uma redução total de 4,2 milhões de barris por dia na oferta e, apesar de relatórios de consultorias afirmarem que o grupo está cumprindo a decisão com afinco, os preços do petróleo ainda oscilam entre US$ 30 e US$ 50 o barril, pressionados pelos temores de demanda fraca pela commodity.
Uma explosão em um oleoduto operado pela Royal Dutch Shell no sul da Nigéria provocou a suspensão das atividades em outras unidades da companhia, segundo um porta-voz da empresa. A notícia deu impulso aos preços, mas teve seu impacto amortecido pela conjuntura mundial de oferta excessiva de petróleo, de acordo com alguns analistas. As informações são da Dow Jones.