O comissário para Assuntos Econômicos e Monetários da União Europeia (UE), Joaquín Almunia, alertou nesta segunda-feira em Praga --capital da República Tcheca-- contra as medidas protecionistas para combater a crise econômica. Segundo ele, podem colocar em risco as conquistas da ampliação comunitária de 2004.

"Realmente, a crise expôs os pontos vulneráveis nas economias dos novos membros. (...) Mas a crise também nos está dando uma grande lição: a fortaleza da Europa se apóia em sua unidade, não em sua divisão", afirmou Almunia.

Ele apresentou os 27 países-membros da UE como "a maior região econômica integrada do mundo", com 30% do PIB (Produto Interno Bruto) e 17% do comércio internacionais, sem levar em conta as transações dentro do próprio bloco.

O comissário avaliou positivamente a entrada, em 2004, de dez novos países, em sua maioria ex-repúblicas socialistas da Europa Central, na UE, enquanto Bulgária e Romênia aderiram três anos depois, em 2007.

Ele destacou o maior crescimento da renda dos novos membros, batendo 5,5% anuais, contra 3,5% da metade anterior da década anterior, e sem que isso fizesse decair o crescimento dos 15 países que já integravam a UE.