A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) sustenta a recuperação vista desde a abertura dos negócios desta segunda-feira. A semana, com uma agenda econômica pesada, começa morna. O mercado "ignora" alguns dados desfavoráveis dos EUA enquanto no front doméstico, as expectativas para a inflação subiram. A taxa de câmbio atinge R$ 1,79.

O Ibovespa, termômetro dos negócios da Bolsa paulista, sobe 1,39%, aos 61.192 pontos. O giro financeiro é de R$ 2,32 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York ganha 1,48%.

O dólar comercial é vendido por R$ 1,792, em um decréscimo de 0,44% sobre a cotação da semana passada. A taxa de risco-país marca 239 pontos, número 0,52% abaixo da pontuação anterior.

Entre as principais notícias do dia, o boletim Focus, preparado pelo Banco Central, revela que boa parte dos economistas do setor financeiro elevaram suas projeções para a inflação de 2010: a mediana das estimativas subiu de 4,30% para 4,4%. A inflação projetada para 2009 passou de 4,31% para 4,30%.

No setor corporativo, o destaque fica por conta do grupo Santander, que inicia hoje o período de reserva para as ações que devem entrar no mercado no dia 8 de outubro. A emissão secundária pode chegar a R$ 15 bilhões, tornando-se uma das operações desse tipo realizadas neste ano no mercado global.

E nos EUA, o Federal Reserve de Chicago (uma das 12 divisões do Fed, o BC americano) apontou que a atividade econômica do país teve novo recuo em agosto. Outro Fed, a divisão de Dallas, também revelou um indicador com desempenho negativo: o índice de atividade manufatureiro dessa região teve contração de 6,4%, ainda pior do que o esperado por analistas.