A recuperação vista nesta quinta-feira, com o crescimento do PIB americano, ajuda a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) a cobrir as fortes perdas registradas ontem. As ações da Vale são os destaque do dia e puxam o mercado brasileiro. A taxa de risco-país marca R$ 1,72.

O índice Ibovespa, termômetro dos negócios da Bolsa paulista, sobe 5% e atinge os 63.170 pontos. O giro financeiro é de R$ 4,55 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York ganha 1,66%.

O dólar comercial é negociado por R$ 1,729, em um declínio de 1,48%. A taxa de risco-país marca 224 pontos, número 8,57% abaixo da pontuação anterior.

O Banco Central realizou seu leilão diário para compra de moeda, entre 12h37 (hora de Brasília) e 12h47, aceitando ofertas por R$ 1,7438 (taxa de corte).

Entre as principais notícias do dia, o Departamento de Comércio dos EUA estimou o crescimento do país em 3,5% no terceiro trimestre, acima do esperado por analistas do setor financeiro. O número ainda deve sofrer revisão no próximos meses.

Ainda nos EUA, o Departamento de Trabalho informou uma queda na demanda pelos benefícios do auxílio-desemprego. A cifra total de pedidos caiu para 530 mil. Economistas de Wall Street esperavam uma retração para 525 mil unidades.

No front doméstico, a FGV (Fundação Getulio Vargas) apontou uma inflação de 0,05% em outubro, ante 0,42% em setembro, pela leitura do IGP-M, utilizado para o reajuste dos aluguéis.

E a ata do Copom (Conselho de Política Monetária), relativa à reunião da semana passada, revelou que o Banco Central está preocupado com as pressões da demanda interna sobre a inflação. 'Depois de uma breve contração, a demanda doméstica passou a mostrar evidências de recuperação, graças aos efeitos de fatores de estímulo, como o crescimento da renda', afirma o colegiado de diretores do BC, na ata.

Ontem à noite, a gigante do setor de mineração Vale divulgou um lucro líquido de R$ 3 bilhões para o terceiro trimestre deste ano, o que significa uma retração de 61% sobre o resultado no mesmo período de 2008.

E ainda no setor corporativo, o grupo petroleiro britânico Royal Dutch Shell anunciou nesta quinta-feira uma queda de 62% de seu lucro líquido no terceiro trimestre.