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Domingo, 28 de julho de 2024

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Expectativa para América Latina é a pior desde 1990, mostra FGV

O clima econômico da América Latina é o pior dos últimos 18 anos, apontou nesta quarta-feira (18) a Sondagem Econômica da América Latina, elaboradora em parceria pelo Institute IFO e a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Segundo as duas instituições, o Índice de Clima Econômico (ICE) da América Latina atingiu patamar de 2,9 pontos em janeiro deste ano, abaixo do resultado de 3,4 pontos em outubro do ano passado. A pontuação é a menor da série histórica da pesquisa, iniciada em janeiro de 1990.


As entidades consideram que resultados abaixo de cinco pontos nos índices indicam "clima ruim". Em comunicado, as instituições informam que, na comparação com a pesquisa anterior, realizada em outubro de 2008, a pesquisa de janeiro de 2009 mostrou "piora acentuada" das avaliações sobre a situação presente, além de manutenção do pessimismo em relação ao semestre seguinte.

O ICE da América Latina é construído por meio de uma combinação de dois índices que medem a situação econômica atual e as expectativas para os próximos seis meses. O Índice da Situação Atual (ISA) atingiu patamar de 3,4 pontos em janeiro, o menor desde outubro de 2002 e abaixo do apurado na pesquisa anterior, de 4,2 pontos (em outubro).

Já o Índice de Expectativas (IE) caiu para 2,3 pontos em janeiro deste ano, em comparação com o resultado de 2,5 pontos em outubro - sendo que a pontuação de janeiro é o menor nível apurado para esse índice na série histórica do levantamento.

Fase recessiva

Na avaliação das duas instituições, a América Latina teria entrado em fase recessiva a partir de outubro do ano passado, sendo que, em janeiro de 2009, a economia da América Latina mantém-se em fase declinante, sem mostrar, ao menos nos resultados agregados para a região, perspectivas de recuperação significativa no curto prazo.

A Sondagem Econômica da América Latina serve ao monitoramento e à antecipação de tendências econômicas, com base em informações prestadas trimestralmente por especialistas nas economias de seus respectivos países. A pesquisa é aplicada com a mesma metodologia simultaneamente em todos os países da região. Em janeiro, foram consultados 137 especialistas em 16 países.

Países

Entre outubro e janeiro, as as deteriorações mais expressivas do ICE foram verificadas no Brasil, Paraguai e Equador. Aqui, o Índice de Situação Atual despencou de 7,3 para 4,7 pontos. No Paraguai, o ISA caiu de de 6,1 para 3,4 pontos e no Equador de 3,9 para 2,0 pontos, atingindo o menor nível desde outubro de 2000 (1,0 ponto).

As melhores avaliações sobre a situação presente continuam sendo feitas no Uruguai (7,0 pontos) e no Peru (6,8), ambos com índices de situação atual declinando em velocidade menos intensa que a da média da região. Entre outubro e janeiro, os únicos dois países a registrar melhora nas avaliações sobre o momento atual foram o México (o ISA elevou-se de 2,3 para 2,5 pontos) e Bolívia (de 3,7 para 5,0).

Na Colômbia, o ISA estabilizou-se em 4,7 pontos, idêntico ao brasileiro. A pior avaliação em relação à situação presente continua sendo realizada por especialistas em relação à economia venezuelana, cujo ISA ficou em 1,9 ponto.
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