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Sábado, 27 de julho de 2024

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Pacote é aprovado no Congresso e Obama fala de marco para a recuperação

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, celebrou neste sábado a aprovação no Congresso do plano de estímulo à economia de 787 bilhões de dólares e o qualificou como o "principal marco em nosso caminho para a recuperação".



"Este é o principal marco em nosso caminho para a recuperação, e quero agradecer aos membros do Congresso que atuaram juntos em um propósito comum para fazer com que isto acontecesse", disse Obama em seu programa semanal de rádio.

O presidente prometeu assinar o projeto de lei rapidamente.

O comentário de Obama foi feito horas depois do Congresso ter aprovado, na sexta-feira, um pacote de US$ 787 bilhões, que envolve cortes de impostos e fundos novos, para resgatar a arruinada economia americana, dando ao presidente sua maior vitória política até o momento.

O Senado aprovocou o plano por 60 votos contra 38, horas depois da Câmara de Representantes ter aprovado o pacote por 246 votos contra 183, abrindo o caminho para que Obama assine o projeto de lei até antes do prazo que o democrata havia imposto, 16 de fevereiro.

A votação no Senado teve início às 17H30 locais (20H30 de Brasília), mas todos aguardaram o retorno a Washington do senador por Ohio Sherrod Brown, que viajara para assistir ao funeral da mãe.

Os democratas precisavam do voto de Brown para chegar a 60 votos, número mínimo necessário para a aprovação do projeto.

Na Câmara de Representantes o plano foi aprovado sem votos republicanos e sete democratas votaram contra. No Senado, os votos de três senadores republicanos moderados, Susan Collins, Arlen Specter e Olympia Snowe, garantiram a aprovação.

Obama se disse confiante de que o plano "salvará ou criará mais de 3,5 milhões de empreos nos próximos dois anos, estimulará os gastos de empresas e consumidores por igual e estabelecerá as bases de nossa prosperidade nosso crescimento econômico duradouro".

A legislação, resultado de negociações árduas durante a semana, atribui 120 bilhões de dólares a gastos de infraestrutura, incluindo dinheiro para rodovias, trens e a expansão do acesso a internet de banda larga.

Também dedica quase US$ 20 bilhões à energia renovável e 11 bilhões para modernizar a rede elétrica americana, medidas que o ex-vice-presidente Al Gore promoveu com veemência há algumas semanas como os investimentos mais importantes que Obama deveria fazer para combater o aquecimento global.

A lei inclui cortes de impostos - que devem beneficiar 95% das famílias americanas - e bilhões de dólares para ampliar os benefícios do seguro-desemprego, da assistência médica para os mais necessitados, além de recursos para ajudar estados com problemas de liquidez, para que não cortem gastos em serviços como educação.

Um dispositivo inserido na lei pelos senadores democratas também proíbe o pagamento de bônus e de quase qualquer outro tipo de incentivo para os altos executivos de grandes empresas que recebam dinheiro do programa de resgate do Departamento do Tesouro, informa a imprensa americana.

A vitória de Obama teve sabor amargo, no entanto, já que os congressistas aprovaram um pacote menor do que o presidente esperava.

Além disso, a maioria esmagadora dos republicanos ignorou os pedidos de Obama de união para apoiar a medida.

No discurso, o presidente prometeu gastar o dinheiro dos contribuintes "com uma responsabilidade e transparência sem precedentes".

Ele anunciou que assim que o plano for colocado em prática, um novo site (recovery.gov) permitará a todos os americanos acompanhar para onde vai seu dinheiro, além de possibilitar comentários e perguntas.

Porém, o democrata fez questão de advertir que o pacote de estímulos é o início e não o fim dos esforços para melhorar a economia porque, segundo ele, "os problemas que nos levaram a esta crise são profundos e extensos".

"Para que nosso plano tenha sucesso, devemos estabilizar, reparar e reformar nosso sistema bancário, reativar o fluxo de crédito para as famílias e os comércios", disse Obama.

"Devemos redigir e fazer respeitar novas regras, para que especuladores inescrupulosos não voltem a minar nunca mais nossa economia", completou.

Também se declarou confiante de que os americanos conseguirão superar as atuais dificuldades.

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