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Sábado, 06 de julho de 2024

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Limpo Grande tem ajuda da MT Fomento para se fortalecer na rota turística

O Distrito de Limpo Grande que integra a Rota do Peixe em Várzea Grande quer marcar presença na rota turística. Segundo declaração dos moradores, a comunidade é uma das mais antigas do município e precisava de mais apoio para se desenvolver.Para reverter esse processo, as pessoas estão se reunindo em busca de recursos. Na tarde de terça-feira (08.12) cerca de 50 pessoas ouviram atentamente as informações sobre as linhas de créditos da MT-Fomento. O interesse girou em torno dos recursos que beneficiam a Rota do Peixe.


“Este recurso sai este ano ou só o ano que vem”, indagou uma expectadora. A resposta veio de imediato. “A Linha de crédito Rota do Peixe está disponível, de acordo com a resolução 046/2009 de 25 de novembro. Dependerá mais da iniciativa de vocês em agilizar a documentação. Toda sexta-feira o comitê de crédito da MT-Fomento se reúne para aprovar projetos, explicou Arcleidy Dias Pereira, presidente da Agência.

Para conseguir os recursos o interessado precisa fazer um cadastro que a MT-Fomento analisa seguindo normas do Banco Central. Entre os requisitos básicos, ter nome limpo, ou seja, isento de Serasa e SPC. Os valores dependem da capacidade de pagamento de cada pessoa. Segundo Arcleidy, a equipe técnica da MT Fomento analisa a viabilidade do projeto, mercado de consumo e pode orientar os interessados no que for necessário.

“Não vamos mostrar nada fora da realidade. Vamos demonstrar o que pode ser feito dentro das normas e o que é inviável, não estamos aqui para vender ilusões, estamos mostrando oportunidades para geração de emprego e renda e o recurso objeto de cada financiamento deve ter o retorno assegurado para MT Fomento. Essa é mais uma diferença deste governo. Quem for beneficiado tem que pagar. São recursos que precisam retornar para que a MT Fomento possa beneficiar outras pessoas através das linhas de crédito”, pontuou o presidente.

Atualmente 99 famílias vivem no Limpo Grande, do artesanato e da agricultura de subsistência especialmente maxixe, mas também quiabo, abóbora. Quem nunca ouviu falar das rederas do Limpo Grande? “E existem mercearias e lanchonetes que precisam levar um choque. Turistas de outros países vêm aqui para comprar rede. Estou na expectativa de expandir meu comércio e me preparar para a Copa do Mundo de 2014, oferecendo um lugar mais arejado”, declarou Ademilson Clemente da Silva, ex-presidente da Associação dos Produtores Rurais do Limpo Grande. Agora ele atua como presidente da Comissão para projetos da Rota do Peixe.

Quanto à realidade das rederas, difere em muito das maravilhas que produzem. Elas lutam para manter a tradição. Às vezes demora a vender uma rede e ver o lucro do mês. Isso mesmo, do mês. Uma rede demora até 30 dias para ser confeccionada tendo duas pessoas exclusivamente no trabalho todos os dias.

“Começamos a Associação com 30 mulheres, hoje somos 15. Muitas desistiram porque optaram por vender individualmente. Nossa maior necessidade é a divulgação do trabalho e um local para que possamos reunir toda produção, expor as redes com mais opções ao turista”, relatou Maria Conceição Pereira, que preside a Associação das Rederas há dois anos. O espaço ocupado atualmente pelas artesãs é uma sala de aula, cedida pela escola do local. “Não tem nem um armário para guardá-las”, revelou Maria.

São esses alguns dos motivos que a tradição que se perpetua há mais de 100 anos corre, tendo o risco de acabar. “Tenho paciência e gosto de fazer a rede, aprendi com minha mãe, que acredito ter aprendido com minha avó. Mas minhas seis filhas não querem exercer esse cargo e eu nem insisto. Todas sabem como fazer porque foram criadas vendo eu na lida, mas só a mais velha delas é que faz caminho de mesa e tapetes e vende tudo, mora em Cuiabá”, desabafou a artesã Julia Maria da Silva.

Em comum elas têm a certeza de que se tivesse um salário fixo não iriam mexer com redes, ainda mais que após muitos anos de trabalho resulta em problema de coluna, devido ficar muito tempo sentada.

Julia está interessada em pleitear recursos para adquirir uma máquina de pastel. Ao ser questionada se abandonará o artesanato, disse que não, mas que faria os pastéis no final de semana para ajudar no orçamento.
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