Olhar Direto

Sexta-feira, 28 de junho de 2024

Notícias | Economia

Dólar fecha a R$ 1,79; Bovespa sofre queda de 2,22%

Um cenário externo mais conturbado foi a senha para um dia de forte alta nos preços da moeda americana no mercado de câmbio doméstico. Lá fora, o euro atingiu sua cotação mais baixa em três meses frente ao dólar, num reflexo do mal estar dos agentes financeiros com a Grécia. Analistas também citaram algum nervosismo com a economia americana.


Dessa fora, o dólar comercial foi vendido por R$ 1,791, em alta de 2,34% sobre a cotação final de ontem. As taxas oscilaram entre R$ 1,798 e R$ 1,770. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado por R$ 1,900, em um avanço de 2,15%.

Na praça internacional, o euro era cotado a US$ 1,4321, mas no decorrer do bateu US$ 1,4316, em sua menor cotação desde o início do setembro.

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) amarga queda de 2,22%, aos 67.096 pontos. O giro financeiro é de R$ 5,78 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York recua 1,06%.

Desde ontem, analistas relataram o mau humor do mercado com o relatório do Federal Reserve (banco central dos EUA), um pouco mais otimista sobre a economia americana, mas sem sinalizar um possível ajuste nos juros. Outros economistas também ressaltam a perspectiva de que o banco central americano comece a retirar os estímulos à economia em 2010, o que gerou alguma preocupação.

Outro assunto comentado nas mesas de operações foi o rebaixamento do "rating" (nota de risco de crédito) da Grécia pela agência Standard & Poor's, devido à situação fiscal daquele país, e com dúvidas a respeito da eficácia das medidas do governo grego para gerir as contas públicas.

"Nós vimos muitos agentes financeiros, principalmente bancos, correndo para reduzir suas posições vendidas [que apostam na baixa da moeda] e não passar o final de ano expostos. Essa movimentação poderia ter ocorrido antes, mas parece que tudo acumulou hoje. Houve um pouco do famoso "efeito manada": todo mundo começou a entrar no mercado para não pagar um preço muito alto", comenta Carlos Alberto Postigo, gerente de operações da Casa Paulista Assessoria Bancária (Banco Paulista). Ele ressalta que ficou mais provável que a taxa de câmbio entre em 2010 na casa dos R$ 1,80.

Brasil

Entre outras notícias importantes do dia, o Banco Central brasileiro mostrou que está preocupado com a recuperação da demanda interna e com uma possível pressão sobre os preços e de risco inflacionário. Economistas já avaliam a perspectiva de que a autoridade monetária comece a subir a taxa básica de juros a partir do segundo trimestre, de modo a devolver a Selic para o patamar de 10,50% até o final do ano que vem.

O BC também revelou hoje que espera um deficit nas transações externas do país na casa dos US$ 22 bilhões neste ano, e de US$ 40 bilhões para 2010. Se confirmado esse último número, será o pior resultado das contas externas desde 1947 (ano de início da série histórica do BC).

A FGV (Fundação Getulio Vargas) registrou uma deflação de 0,07% em novembro, ante uma inflação de 0,07% em outubro, pela leitura do IGP-10. Já a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) apontou uma variação de 0,17% nos preços dentro do município de São Paulo, no período da segunda quadrissemana deste mês --30 dias até 15/12. Na abertura do mês, a inflação medida foi de 0,20%.

Juros futuros

O mercado de juros futuros, que sinaliza o custo do dinheiro para os bancos, reduziu as taxas projetadas nos contratos de prazo mais longo.

No contrato que aponta os juros para outubro de 2010, a taxa prevista passou de 9,90% ao ano para 9,83%, enquanto no contrato de janeiro de 2011, a taxa projetada retraiu de 10,47% para 10,41%. Esses números ainda são preliminares e podem sofrer ajustes.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 
xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet