Ao chegar o ano 2000, Adriana já não aguentava mais trabalhar nos três períodos do dia. Ela foi convencida então pelas pessoas que era hora de ela desistir do pão de alho, que apenas lhe causava prejuízo, e que focasse somente na loja de biquínis da qual era gerente.

Adriana desistiu então de fabricar os pães de alho em março de 2000. Só não contava com uma surpresa. Em abril, vários donos de churrascarias e o dono de uma importante rede de supermercados de Cuiabá ligaram desesperados para ela dizendo que os clientes estavam perguntando do pão de alho. “Pode parecer uma coisa boba, mas chorei de emoção. Meu objetivo tinha sido concretizado há algum tempo e eu não sabia. Os cuiabanos conheceram o meu produto e sentia falta dele quando não tinha”, relembra emocionada.

Sem acreditar ainda no sucesso que seu produto vinha fazendo, Adriana passou a lucrar com o pão de alho, mas sem pedir muito mais do que o preço de custo. Em 2002, uma oferta tentadora fez com que ela tivesse certeza de quanto era bom o seu produto. Um gerente da Batavo procurou a empresária para comprar a receita dela pela bagatela de R$ 200 mil. “A proposta foi tentadora. Eu e meu marido não estávamos bem de grana, mas foi ali que eu percebi que a minha empresa de fabricação de pão de alho daria certo”.

Proposta recusada, Adriana abandonou seu emprego como gerente de loja e registrou a empresa Da Massa. Agora o negócio do pão de alho era pra valer: junto com toda a garra e a vontade de Adriana, ela mantinha dentro de si o medo e a insegurança de alguém que estava arriscando toda a sua vida em um projeto que poderia não dar certo.

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