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Sábado, 27 de julho de 2024

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Vivo dribla crise e lucro dispara 722,5% no 4º trimestre

No auge da crise financeira internacional, que no Brasil resultou em fortes cortes na produção da indústria e queda no consumo nos últimos meses do ano passado, a Vivo registrou no quarto trimestre de 2008 um desempenho bem acima do obtido no mesmo período de 2007. 


A receita líquida da operadora de telefonia celular subiu 14% no período entre outubro e dezembro do ano passado, ante igual intervalo de 2007, para R$ 4,268 bilhões, enquanto os custos operacionais avançaram apenas 3,9%, para R$ 2,872 bilhões. A combinação desses dois fatores levou a empresa a anotar um lucro líquido de R$ 215,5 milhões no período, o que representa uma alta de 722,5%.

O presidente da operadora, Roberto Lima, atribui o resultado à "política de seletividade" que vem sendo praticada pela operadora. "Não buscamos novos usuários a qualquer custo: queremos um crescimento saudável da carteira, com clientes que gerem receita", afirmou. A Vivo terminou 2008 com uma base de 44,9 milhões de clientes, 20% maior na comparação anual. A empresa também se diz mais seletiva na concessão de subsídios e nos projetos de investimento.

A geração de caixa medida pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) da Vivo somou R$ 1,396 bilhão, com 42,6% de acréscimo sobre o quarto trimestre de 2007.

Em todo o ano passado, a Vivo teve lucro líquido de R$ 389,7 milhões. Em 2007, a empresa havia registrado prejuízo líquido de R$ 99,8 milhões. A receita líquida da companhia nos 12 meses do ano passado totalizou R$ 15,819 bilhões, um aumento de 14,2%. A geração de caixa medida pelo Ebitda em 2008 ficou em R$ 4,867 bilhões, um aumento de 37,3% em relação ao acumulado do ano anterior.

Captação

A Vivo vai manter o investimento em infraestrutura de rede em 2009. Para esta finalidade, serão desembolsados R$ 2,635 bilhões, dos quais R$ 407 milhões serão empregados em Minas Gerais (MG), onde passou a atuar por meio da compra da Telemig celular.

Em 2008, o investimento em ativo permanente (Capex) da Vivo superou os R$ 6 bilhões, mas este montante contempla eventos extraordinários, como a compra de licenças de terceira geração (3G) de telefonia móvel e a aquisição da operadora mineira. Estes recursos também financiaram a construção da rede no Nordeste, bem como as despesas pré-operacionais. Segundo o presidente da operadora, os aportes em infraestrutura de rede em 2008 somaram R$ 2,65 bilhões.

Para executar seus planos de investimento e rolar dívidas, a Vivo vai captar recursos, além de se fiar em seu caixa, que reunia R$ 2,271 bilhões ao fim do ano passado. A escolha da praça - no Brasil ou no exterior - vai depender do custo da captação. De acordo com o diretor de Relações com Investidores da Vivo, Carlos Raimar Schoeninger, da dívida líquida de R$ 5,302 bilhões existente em 31 de dezembro de 2008 (acréscimo de 33,6% sobre a posição final de setembro), R$ 3,119 bilhões vencem ao longo de 2009.

Questionado se a Vivo ambiciona fazer aquisições em 2009, o presidente da tele respondeu que o mercado está "estreito" e que o interesse da operadora para completar uma importante lacuna de cobertura, que era a Telemig, já foi realizado. Ele declarou, no entanto, que segue atento à licitação de licenças para expandir a capacidade de transmissão de dados da empresa.
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