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Domingo, 18 de agosto de 2024

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Opinião: Recuperação deve servir para aluno assimilar conhecimento

Foto: Arte/G1

Opinião: Recuperação deve servir para aluno assimilar conhecimento
Aprender não é coisa fácil. Apesar de ser prazeroso e permitir a expansão do ser humano, exige uma reorganização do pensamento. O que se dá de maneira intensa quando determinadas aprendizagens ocorrem. Como é o caso do falar, andar, ler, escrever, calcular e outras mais que ocorrem ainda quando se é criança.


Essas primeiras aquisições constituem a base para outras, sem as quais uma pessoa não veria o mundo como o vê na fase adulta. O próprio pensamento se torna mais ágil quando se sabe ler e escrever, por exemplo.
Quanto mais aprendemos, de maneira significativa e não como meros reprodutores de conhecimento, mais nossas estruturas de pensamento se modificam.

Cada um aprende num ritmo próprio. Uns andam com um ano de idade, outros um pouco antes e têm aqueles que demoram mais. Desenvolver-se depende de um amadurecimento físico e mental. Às vezes, uma criança tem condições físicas de andar, mas o medo de cair a impede de dar os primeiros passos ou caminhar sem a mão de sua mãe.

Na escola as coisas não são diferentes. Por aproximação, os conteúdos acadêmicos foram pensados para cada série do ensino. Considerando-se aquilo que os alunos teriam condições de aprender.

Essas diferenças ficam claras numa sala de aula, quando se tem várias crianças – 20, 30 e, pasmem, 40 crianças, cada uma caminhando em ritmos próprios, onde pode-se perceber subgrupos que parecem aprender numa velocidade parecida.

Entre esses, existem um pequeno grupo para o qual determinadas aquisições demoram mais para ocorrer. Alguns, por exemplo, precisam de um tempo maior para se alfabetizar. Para outros, a matemática é um mistério a se desvendar. História é vista como o grande vilão por certos alunos. E assim é com todas as matérias.

Recuperação
Nem tudo está perdido quando algo não flui na aprendizagem. Para esses alunos as escolas usam algo bastante antigo – a recuperação. Geralmente, ela se reduz a uma segunda prova, quando o aluno estuda por si só e tenta tirar uma nota melhor. Algumas escolas propiciam uma nova explicação para que ele refaça a prova e consiga um melhor desempenho.

Para que ela serve? A olhos nus, nada mais é que recuperar uma nota que está abaixo da linha do aceitável pela escola. O que varia de uma para outra. São as notas vermelhas, que parecem indicar que o aluno não teve um resultado satisfatório.

Ela deveria servir para que o conhecimento se desse de fato pelo aluno. Até porque, ele não precisa recuperá-lo, mas fazer com que ele se efetive. Portanto, o termo recuperar não deveria ser o usado para quando a criança precisa rever algum conceito para realmente tomar posse dele.

A cada trimestre as escolas lançam seus boletins e determinam aqueles que devem fazer a recuperação. Embora um pouco confusa para que serve nas escolas, essa é uma oportunidade que não deve ser desperdiçada pelos alunos. Principalmente para aqueles que têm uma clara dificuldade pedagógica, quando uma explicação mais detalhada poderá ajudar na aquisição daquele conhecimento.

O que não significa fazer um reforço escolar (outro tema confuso, reforçar o quê?) nos mesmos moldes do que foi feito durante as aulas regulares. Outras estratégias de ensino/aprendizagem devem ser lançadas.

Essas estratégias pouco serviriam para aqueles cuja dificuldade é de ordem emocional. Para esses, o baixo desempenho pode ser, por exemplo, resultado de desinteresse ou o medo da prova. Geralmente esses são sinais de alguma outra coisa, não o problema em si. Seria apenas tempo e dinheiro jogados fora.

Sim, porque o comum é que as escolas cobrem a mais para ensinar seus alunos quando eles não aprendem da primeira vez. Justo ou não, é algo que cada pai deve discutir com as instituições que recebem seus filhos.

Porém, não é justo punir as crianças negando-lhes aprender determinadas coisas que ainda não conseguem aprender, impedindo-as de fazer uma recuperação/reforço escolar simplesmente por serem pagos.
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