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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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Alunos brasileiros aproveitam férias para estudar idiomas fora do país

Mais do que o período de recesso escolar, as férias de dezembro e julho se tornaram temporadas mais requisitadas para estudar idiomas fora do país. Há escolas em muitos países que recebem estudantes brasileiros para cursos que duram até quatro semanas e incluem passeios e atividades após as aulas.


A procura pelos programas que funcionam como uma espécie de 'test-drive' para quem quer fazer intercâmbios mais longos tem aumentado a cada ano. E o inglês ainda é o idioma mais requisitado, de acordo com representantes de agências especializadas ouvidos pelo G1.

Segundo a gerente de cursos no exterior da Student Travel Bureau (STB), Marcia Mattos, os brasileiros são muito esperados nos cursos de férias, o que facilita a adaptação. "O brasileiro é generoso, curioso, se integra muito bem e é bom de esporte. Os jovens que vão têm muita curiosidade e segurança na decisão que estão tomando", afirma.

Atualmente, há programas de intercâmbio para crianças a partir de 8 anos de idade, segundo Marcia Mattos. Há cursos com focos específicos, como moda, esporte, cultura ou arte. Para a gerente, o programa traz uma experiência valiosa pois ajuda o jovem a entender a importância de aprender o inglês, prepara para um programa mais longo e traz mais segurança tanto para o aluno quanto aos pais. "Hoje é necessário ter inglês fluente e uma terceira língua em progresso. Quando volta, o aluno continua se comunicando em inglês pelas redes sociais", diz.

Algumas agências de intercâmbio promovem encontros com os estudantes que vão viajar com os que já passaram pela experiência para oferecer mais segurança aos participantes. Cada país tem suas regras para visto, trabalho e hospedagem próprias para estes alunos.

Experiência
O estudante Adriano Henrique Fernandes, de 15 anos, já tem dois intercâmbios no passaporte. Ele viaja sempre nas férias de julho. Na primeira vez, no ano passado, foi para a Inglaterrra. "Fiquei em uma escola internacional, hospedado dentro do campus. Conheci pessoas de 30 países diferentes."

Em julho deste ano, Fernandes viajou para o Canadá. "Desta vez, pude complementar mais meu inglês. Tinha mais liberdade com os professores, saía para passear todas as tardes após as aulas. A cultura inglesa é mais atrativa, mas os canadenses são mais abertos. Certas regiões de Toronto se parecem muito com São Paulo."

Para o estudante, as viagens trouxeram inúmeras vantagens. "Você cresce, se torna mais maduro, faz amigos. São férias muito diferentes e bem mais interessante do que ficar mofando no sofá, vendo tv ou na internet."

'Doze'
Em julho do ano passado, Victória Helena Silva, hoje com 13 anos, foi para Califórnia aprimorar o inglês que "já era bom."

"Um dia antes da viagem, falei para minha mãe que não ia mais. Tinha medo de não gostar do lugar, mas foi coisa da minha imaginação. Era mais nova da turma, todo mundo de chamava de 'doze'", diz Victória, que gostou tanto da experiência que este ano foi estudar na Inglaterra.

Para ela, ambas oportunidades trouxeram experiências que vão além do domínio de um novo idioma. "Aprendi a manter as amizades que você faz em uma viagem e a respeitar as outras culturas. Acaba sendo uma troca muito grande", afirma. No ano que ano que vem pretende ir para Vancouver, no Canadá, com as amigas que conheceu em Oxford, na Inglaterra.

Prestes a concluir o segundo ciclo do ensino fundamental, Victória já traçou os planos para os próximos anos: quer cursar o ensino médio na Suíça e fazer faculdade de moda em Milão, na Itália.
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