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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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Educação financeira ensina alunos a até negociar em aula

Eles têm apenas 9 anos, mas já sabem o que fazer para que a mesada possa render mais. Aprendem a poupar e a entender os gastos domésticos. Os alunos do ensino fundamental ...

Eles têm apenas 9 anos, mas já sabem o que fazer para que a mesada possa render mais. Aprendem a poupar e a entender os gastos domésticos. Os alunos do ensino fundamental I do Colégio Módulo, de São Paulo, estão entre os estudantes que contam com aulas de educação financeira na escola.


Para colocar em prática o que aprendem na teoria, são estimulados a lidar com dinheiro e moedas virtuais. O ponto alto é a feirinha. Ali, podem vender guloseimas que produziram em casa, como brigadeiros e bolos. Além de aprender a negociar, são orientados quanto ao lucro, pois precisam saber o quanto gastaram na confecção das mercadorias para entender o valor pelo qual elas foram comercializadas.

As aulas avançam no ensino fundamental II. Para esses alunos, que têm entre 11 e 12 anos, o Colégio Módulo destina um semestre de aulas de educação financeira, na disciplina de matemática. "Os alunos aprendem sobre produtos bancários, a controlar a mesada, por meio de uma planilha Excel, a ler extrato", exemplifica Wagner Sanchez, diretor do colégio.

Na disciplina de informática, produzem dinheiro, cartão de crédito e cheque. O extrato é semelhante a um documento real, com data, histórico, débito, crédito e saldo. O documento mostra as principais transações financeiras, como saques em caixa eletrônico, pagamentos das contas de água, luz, telefone e dos impostos IPVA e IPTU e depósito de salário.

O resultado tem agradado pais, estudantes e professores. Os pequenos começam a opinar mais nas compras da casa. "A mudança de comportamento é notável. Eles passam a conversar mais sobre os custos domésticos e participam da decisão de compra", conta Sanchez.

Iniciativas como essa têm sido implementadas por muitas instituições de ensino privado Brasil afora, e devem ganhar força também na rede pública em um curto espaço de tempo. Um projeto-piloto começou este ano em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará, Tocantins e Distrito Federal e, em 2012, deverá ser estendido para todos os Estados. O objetivo, neste caso, não é ter uma disciplina específica, mas sim distribuir o conteúdo entre todas as áreas, da matemática à história. Caberá a cada escola definir qual será a sua metodologia de ensino. A iniciativa é de diversas entidades do mercado financeiro e de capitais e está sob coordenação do Ministério da Educação.

"É um cenário promissor e positivo", acredita Álvaro Modernell, especialista em educação financeira. Modernell é autor dos livros Zequinha e a porquinha Poupança (2006), O Pé de Meia Mágico (2007), O Poço dos Desejos (2007), Paulina e o Ipê-amarelo (2007), Versinhos de Prosperidade (2008), Morango ou Chocolate (2010) e Quero ser rico (2010), além de outros materiais e cartilhas.

Para ele, este é sim assunto de criança e deve ser inserido no currículo escolar. O importante, ressalta, é usar formas lúdicas de ensinar às crianças. Jogos ajudam muito nesta etapa. Assim, os pequenos poderão aprender sobre organização, planejamento, conservação dos bens, escolhas, a evitar desperdícios, a respeitar limites e outras atitudes que ajudam a fazer o dinheiro render mais. As dicas do especialista podem ser conferidas no site www.maisativos.com.br.
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