As provas de ciências humanas e suas tecnologias e de ciências da natureza e suas tecnologias do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), aplicadas neste sábado (6), trouxeram, em geral, enunciados mais enxutos, segundo cursinhos que fazem a correção do exame.

As exceções foram algumas questões de ciências da natureza, que estavam compridas, de acordo com o cursinho Anglo.

Segundo os cursinhos, no entanto, mesmo com enunciados mais curtos, o tempo para fazer a prova ainda foi curto para as 90 questões.

Para o coordenador geral do cursinho Etapa, Edmilson Motta, questões de história, geografia e química tinham a "cara" do vestibular da Fuvest, que seleciona estudantes para a Universidade de São Paulo (USP). Já a prova de biologia, foi considerada superficial pelo cursinho. "Ficou com cara do Enem antigo", disse Motta.

De acordo com o coordenador de física do Etapa, Marcelo Monte Forte da Fonseca, faltou qualidade nas questões da disciplina. Segundo o professor, faltaram questões sobre mecânica, apenas três perguntas exigiam cálculos e a maior parte das questões era muito trivial. "Foi uma prova bastante inadequada. Minha preocupação é que com a importância que o Enem está alcançando, o exame passa a nortear o ensino médio", disse.

Já o professor de física do cursinho Objetivo, Ricardo Helou Doca, considerou a prova da disciplina de fácil a média. "Foi uma boa prova dentro do que o Enem pretende", disse.

O professor de geografia do Anglo, Reinaldo Scalzaretto, vê erro no enunciado da questão 1 do exame, que fala sobre concentração de terras no Brasil.

Segundo o professor, no lugar de dizer que o gráfico representa a "totalidade dos imóveis rurais no Brasil", o enunciado deveria dizer que representa as "áreas ocupadas pelos imóveis". "Está errado. Não há resposta correta", disse.

Na opinião do coordenador geral do cursinho Anglo, Nicolau Marmo, a prova de ciências humanas estava boa, bem elaborada. Já o exame de ciências da natureza deixou pontos importantes de química, física e biologia de lado. "Faltou abrangência", disse.

De acordo com o professor, havia questões de biologia e de física muito difíceis. "O aluno nem entendeu do que se tratava", disse. Uma preocupação dos estudantes, o espaço de rascunho era suficiente para a resolução das questões, de acordo com Marmo.

Os professores do cursinho Objetivo consideraram a prova, em geral, bem elaborada. A prova de química foi considerada de dificuldade média para difícil. "Tinha que ter noção básica de química", disse o professor do cursinho, Sérgio Teixeira Bignardi.

O G1 vai atualizar a correção aos poucos nas próximas horas.

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