O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) diz que pretende processar o repórter do Jornal do Commercio, de Pernambuco, que conseguiu enviar por celular o tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste domingo. Segundo a instituição, ele cometeu ato ilícito contras as regras da prova.

O Inep não considera que houve vazamento da prova, já que, segundo o instituto, o ato não feriu a isonomia do processo nem favoreceu nenhum candidato.

O site do jornal divulgou às 14h38 o tema da redação do Enem: o trabalho para a construção da dignidade. Um repórter do jornal, que estava fazendo a prova, driblou a segurança e conseguiu passar para a redação, durante a prova, a informação. Ele entrou na sala de aula com um celular ligado no bolso, foi até o banheiro e passou o torpedo.

A reportagem do site informou que o repórter também quebrou outra proibição e levou um lápis de madeira para fazer a prova. "Consegui fazer a prova inteira sem ser advertido, inclusive o rascunho da redação. Era um lápis de madeira comum, e não uma lapiseira que parecesse com uma caneta", explicou. O repórter entrou, ainda, com relógio na sala, mas foi orientado pelo fiscal para guardá-lo.