O segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2010 foi mais tranquilo e sem erros. Os estudantes que deixaram os locais de prova, neste domingo (7), reafirmaram que a prova não estava difícil apenas cansativa devido a quantidade de questões, mais a redação. No primeiro dia do Enem, no sábado (6), houve problemas de impressão na prova amarela e na folha de respostas.
Para a dona de casa Inês Nogueira que concluiu o ensino médio há 28 anos e fez a prova para testar o conhecimento, o Enem não estava muito difícil, mas o conteúdo era muito extenso.
Já o estudante do ensino médio Luiz Felipe Gomes avalia que o conteúdo de matemática foi um dos mais complicados, principalmente por ser extenso. “Todos os meus colegas disseram que a prova estava difícil, principalmente a de matemática”.
Ednaldo Domingos, que já é graduado em administração de empresas, ressaltou que a redação, considerada o ‘grande temor’ dos candidatos que concorrem a uma das mais de cinco mil vagas ofertadas pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), apresentou um tema complicado, o que dificultou ainda mais a prova.
“A prova estava fácil para quem estudou e a redação foi o mais difícil”, disse o candidato, ao afirmar que o segundo dia de realização das provas do Enem aconteceu dentro da normalidade.
Redação
O tema da redação foi “Trabalho na Construção da Dignidade Humana”. Segundo os estudantes, com base em dois textos eles podiam escolher escrever entre o trabalho do futuro e a escravidão.
Erros
No primeiro dia de prova a folha em que os estudantes marcam as respostas das questões estava com o cabeçalho das duas provas trocado. O exame tinha 90 questões, sendo a primeira metade de ciências humanas e o restante de ciências da natureza. Mas, na folha de marcação, as questões de 1 a 45 eram identificadas como de ciências da natureza e as de 46 a 90, como de ciências humanas.
De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), o erro foi detectado logo que as provas começaram e todos os fiscais das 128 mil salas de prova teriam sido avisados para orientar os estudantes que seguissem a ordem numérica das questões. O Inep garantiu ontem que nenhum estudante será prejudicado, caso tenha sido mal orientado. O órgão vai disponibilizar nesta semana um site na internet para que os candidatos abram um requerimento e peçam a correção invertida da folha de marcação.
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, recomendou aos candidatos inscritos no Enem que tiverem sido prejudicados pelo erro de impressão devem procurar o Ministério Público (MP) para relatar o problema. Uma das possibilidades, segundo ele, é que o exame seja anulado e aplicado novamente.
Com informações do G1.
