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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

Notícias | Educação

Entenda por que o site do MEC caiu no dia do cadastramento no SiSu

Hackers podem realizar um ataque chamado de “negação de serviço” que consiste, basicamente, em sobrecarregar um site ou outro serviço informático para que ele não possa ser usado pelos seus usuários legítimos. Mas o que acontece, às vezes, como aconteceu no portal do Ministério da Educação (MEC) quando milhares de estudantes tentaram realizar no cadastro no Sistema de Seleção Unificada (SiSU), do ProUni, é que os próprios usuários colocam os serviços em seus limites, gerando uma “negação de serviço” involuntária.


O termo “gargalo” ou “bottleneck” é utilizado para indicar o que gerou uma queda de desempenho. Ele pode ser a conexão com a internet, a velocidade de leitura ou gravação do disco rígido, a lentidão do banco de dados, entre outras. Se um ponto de gargalo ficar muito grave, a tendência da aplicação é travar o servidor.

No caso dos picos de acesso, quando muitos usuários tentam de fato usar o serviço, é muito mais comum que o recurso a se esgotar não seja a rede – como acontece nos ataques de hackers – e sim os recursos de processamento. Durante muito tempo, a internet era sim muito limitadora. Hoje, o grande número de aplicações dinâmicas que exigem muito processamento para serem geradas – principalmente devido aos recursos de interatividade – faz com que o outros recursos se esgotem antes da conexão.

Para os sites menores se defenderem de picos de acesso, há recursos como o plugin “WP Super Cache” para o WordPress. Ele tem uma função que força a criação de uma cópia estática de uma página, o que reduz drasticamente o consumo de processador, já que a página não precisa ser gerada a cada visita. Páginas de grandes portais podem aplicar diversas tecnologias e serem programadas para consumirem poucos recursos, permitindo que os investimentos em hardware sejam menores.

Manter a estabilidade dos serviços em todos as situações é tarefa da equipe de segurança. Um dos pilares da segurança da informação é “disponibilidade”.

Escalabilidade
Técnicos conhecem esse problema com o nome de “escalabilidade”. A pergunta é feita mais ou menos dessa forma: “Esse sistema escala?” Um sistema que escala bem é aquele que pode facilmente acomodar um aumento no número de usuários. Um sistema que não escala só funciona bem com baixa demanda.

Às vezes, pode nem compensar financeiramente ter um sistema preparado para o pico, se esse pico for raro – por exemplo, o SiSU tem um pico apenas uma vez ao ano. E é para resolver esse problema que a computação nas nuvens é tão interessante.

Se der certo, questões de escalabilidade poderão ser resolvidas sob demanda, sem que seja necessário um investimento alto em infraestrutura permanente, pois, independentemente da qualidade da programação do portal, dado um número alto o suficiente de usuários, será necessário adicionar mais hardware, ou seja, servidores e todas os seus acessórios (geradores melhores para o caso de falta de energia, mais equipamento para backup, mais equipe para mantê-los funcionando).
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