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Sábado, 20 de julho de 2024

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Escolas de Cuiabá participam de ações para a cultura de paz

Com o objetivo de formar cidadãos cada vez mais críticos e mais humanos 16 escolas instaladas na região Sul de Cuiabá discutem ações para a promoção de uma cultura de paz no ambiente escolar e em seu entorno. O trabalho realizado por meio do 1º Pré-Fórum Paz nas Escolas reúne nesta segunda e terça-feira (22 e 23.08) as unidades instaladas na região Sul da capital, no auditório da Escola de Governo, em Cuiabá.


O evento é promovido pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc/MT), em parceria com as Secretarias de Estado de Segurança Pública (Sesp), de Planejamento e Coordenação Geral (Sepna), Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), de Trabalho e Assistência Social (Setas), Polícia Militar e Polícia Civil, Conselho Estadual de Educação, Conselho Estadual de Políticas Públicas sobre Drogas (Conen). A ação prevê, até o final de setembro, debates com escolas estaduais de toda a Capital. A agenda reserva os dias 24 e 25 para 20 unidades escolares instaladas na região Leste. Ao todo serão 75 unidades participantes que poderão, por meio dos gestores, explanar os problemas e planejar ações para trabalharem de acordo com a realidade.

“Entendo que a violência não é um problema que nasce no ambiente escolar, mas culmina nesse espaço. As ações preventivas e repressivas precisam ser descentralizadas para que possam surtir efeito. Os problemas que nossos alunos enfrentam em casa e também nas ruas são levados para esse espaço. Temos a perspectiva de que esse encontro nos ajude frente a essa realidade”, diz a diretora Célia Santana de Queiroz, da Escola Estadual Mariana Luiza Moreira, instalada no bairro Tijucal. A unidade atende a 1,1 mil estudantes.

A análise também é compartilhada pela diretora Maria José de Oliveira, da Escola Estadual Rafael Rueda, no bairro Pedra 90. “Não adianta apenas as ações de polícia, pois os problemas não se restringem a esse ambiente. É necessário também um olhar diferente com relação à família. É preciso promover mais ações que possibilitem o envolvimento deles. Promovemos oficinas de práticas desportivas, de leitura, de xadrez, sempre envolvendo a todos, oportunizando a integração”. Maria José pontua que a unidade oferta o Mais Educação (que disponibiliza atendimento aos estudantes em período integral) e o Escola Aberta (que disponibiliza o espaço para uma série de atividades voltadas a comunidade escolar, gratuitamente, aos finais de semana). A escola atende a outros 1,1 mil estudantes nos três Ciclos de Formação Humana.

A superintendente de educação básica da Seduc, Aidê Fátima Campos, pontua que os pré-foruns vão ajudar no fortalecimento das propostas pedagógicas. “Temos buscado, cada vez mais, interpretar qual o nosso papel, qual a nossa responsabilidade com a infância, a juventude. O papel da escola não é o de enfrentamento à violência, mas de construção de sujeitos mais humanos”.

"O cenário de violência escolar é nacional e pesquisas começam a ser delineada pelo Ministério da Educação (MEC), com o objetivo de que todas as ações culminarem no maior número de práticas para a promoção de paz", explica a secretaria-adjunta de Políticas Educacionais da Seduc, Fátima Resende. Ela ainda avalia que “é necessário manter a autoridade frente a essa realidade, mas não se pode confundir com autoritarismo. Não estamos preparados para essa violência, mas não podemos abrir mão da autonomia pedagógica”.

Durante os dois dias de discussão, as escolas instaladas na região Sul serão dividas em grupos de trabalho. Dentre outras atividades irão pontuar sobre quais são os fatos ou atos que caracterizam a violência nas unidades escolares. As respostas subsidiarão a construção de uma política educacional. Caberá à coordenadoria de Projetos Educativos da Seduc a promoção dos eventos e a sistematização das informações.

O presidente da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Ezequiel Siqueira, também participou da abertura do evento e citou que, além de toda a discussão para implementação das políticas, é preciso que se faça a devida reserva orçamentária para que as medidas propostas possam ser executadas. Esse evento é de extrema importância, porque é o momento para saber o que a Educação está pensando, o que está sendo feito. As situações de violência devem ser a exceção e não a regra. Ele finalizou citando que “todos nós trabalhamos em defesa do cidadão, de nossas crianças, de nossos alunos”.

Após o encerramento dos quatro pré-foruns, a Seduc e parceiros realizarão o Fórum "Paz nas Escolas", nos dias 29 e 30 de setembro. Nele serão delineadas políticas públicas sobre a questão.



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