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Sábado, 20 de julho de 2024

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Educação debate inclusão e direito da pessoa com deficiência

Sensibilizar a sociedade para a necessidade de inclusão e respeito aos direitos das pessoas com deficiência é o foco do Seminário: “Política e Prática Pedagógica no atendimento educacional dos alunos com deficiência - Removendo Barreiras”. A atividade de dois dias teve início nesta segunda-feira (22.08), no auditório da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), em Cuiabá, e conta com participação de profissionais que trabalham com educação especial, no Estado.


Mato Grosso possui 11.500 alunos com algum tipo de deficiência. Desse total, cerca de 700 estudam em cinco unidades da rede estadual (Escolas Raio de Sol, Luz do Saber, Livre Aprender, Ceada e Centro de Habilitação Profissional). E outros cinco mil estão matriculados em unidades filantrópicas que atuam em parceria com a Seduc, seja com recursos financeiros ou disponibilização de pessoal. Os demais estão matriculados em escolas estaduais de ensino regular.

Apesar do Estado figurar como destaque em âmbito nacional em relação à educação inclusiva, a coordenadora da Escola Estadual Livre Aprender, que é a responsável pelo evento, Juscineide Maria Silva, ressalta que os estudantes que possuem algum tipo de deficiência “enfrentam muito preconceito”, quando são inseridos no ambiente escolar. “E a partir de iniciativas como essa (seminário) pretendemos romper essas barreiras ou minimizar esses problemas (preconceito)”, afirmou.

Segundo ela, a programação do evento é voltada para o debate com toda a sociedade, tendo como alvo os profissionais da educação. “Pretendemos discutir a necessidade e as melhores formas de fazermos a inclusão dos estudantes com deficiência, na educação regular”, defendeu logo após participar da mesa de abertura do seminário.

A gerente de Educação Especial da Superintendência de Diversidades Educacionais da Seduc, Nágila Zambonatto, afirmou que a Secretaria está empenhada no trabalho pela inclusão desses alunos. “Constituímos o Centro de Apoio e Suporte da Inclusão Especial (Casies), instalado na capital do Estado, que realiza a formação de professores, além do trabalho pedagógico com os alunos. Além disso, temos 380 salas de recursos multifuncionais instaladas em escolas de 120 municípios que oferece suporte no contraturno, aos estudantes com deficiência”, contou.

Nágila explicou que a Seduc tem buscado melhorar e ampliar a estrutura física das escolas para acolherem os alunos que possuem deficiência, além de ampliar as salas de recursos. “Esses espaços possuem conjuntos de materiais didáticos pedagógicos, computadores especialmente preparados, televisão, DVDs, impressora em braile, e outros equipamentos necessários ao atendimento de pessoas com deficiência visual, auditiva intelectual, super dotação entre outros”, disse.

Inclusão

Participante do seminário, a psicóloga que trabalha no Centro Estadual de Atendimento ao Deficiente Auditivo (Ceada), Aline Emanuele Bispo defende o aumento dos investimentos em recursos humanos para inserção dos alunos nas unidades de ensino regular. “A inclusão é necessária, porém para que ela ocorra de maneira eficaz é necessário maior estrutura. No trabalho que fazemos com os deficientes auditivos percebemos que muitas escolas não possuem intérpretes de libras para atendê-los”, disse.

O técnico da gerência de Educação Especial da Seduc, Marcílio Oliveira, possui deficiência visual, e dentro do trabalho que desenvolve reforça que Mato Grosso já avançou muito na educação inclusiva. Entretanto, também defende mais investimentos em capacitação profissional. “Nosso Estado é destaque nesse modelo de educação, fazemos formação de professores para atendimento diferenciado aos deficientes, mas temos que intensificar esse trabalho, para acelerar a inclusão de mais pessoas”, defende.

Além dos servidores da Seduc e da Escola Livre Aprender, a solenidade de abertura do Seminário contou com as presenças da superintendente de Formação da Seduc, Ema Marta Dunk Cintra, que na ocasião representou a secretária de Estado de Educação, Rosa Neide Sandes de Almeida, e do promotor de Justiça Miguel Slhessarenko. Durante os dois dias de atividade, a preparação dos estudantes para inserção no mercado de trabalho, também será debatida
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