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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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Atuação fraca

Acadêmicos culpam políticos pela não criação de universidade em ROO

O professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), campus de Rondonópolis, Paulo Isaac, e a presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Pâmela Araújo, culpam a bancada de Mato Grosso no Congresso Nacional pela não criação da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR).


Durante entrevista neste domingo no programa Entre Amigos da Mega FM, Paulo Isaac, um dos líderes que encabeçam o movimento pelo desmembramento do campus de Rondonópolis da UFMT, disse que os representantes de Mato Grosso não têm força em nível nacional.

“Se os nossos representantes não se juntarem com a bancada federal de Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Goiás e Tocantins não conseguirão trazer a Universidade Federal de Rondonópolis. Eles não têm força política, nem Blairo Maggi (PR), nem Pedro Taques (PDT)”, disparou o professor referindo-se aos dois senadores.

O Olhar Direto divulgou com exclusividade na última quarta-feira (23) que o ministro da Educação, Fernando Haddad, deu um sonoro não para o desmembramento da UFMT, criando uma nova universidade federal.

Os estudantes do campus de Rondonópolis devem organizar mobilizações contra a decisão do ministro. Há até a possibilidade de greve dos alunos. Uma assembleia será realizada na próxima terça-feira (29) para discutir o assunto. A negativa do ministro causou clima de indignação no campus.

“Nossa classe política se demonstra muito passiva. Não tem nenhuma representatividade. Quando o Pagot saiu do Dnit, o senador Blairo Maggi fez duras críticas ao governo federal e quase levou o PR ao rompimento da base aliada. Não vemos ele falar nada em relação a UFR, nenhuma indignação”, criticou Pâmela.

A presidente do DCE também reclamou do senador Pedro Taques, que chegou a marcar reunião com a comunidade acadêmica durante uma visita a Rondonópolis, mas desmarcou por causa de outro compromisso. “Ele nos deixou esperando”.

Ambos os entrevistados lembraram que enquanto os representantes de Mato Grosso se mostram indiferentes em relação à UFR, no Nordeste o MEC cria universidades federais, uma delas no Vale do Cariri.

O professor Paulo Isaac lembrou que a primeira negativa de Haddad há quatro anos foi por questões técnicas. Ele cobrou uma série de critérios, como produção científica, titulação dos docentes, cursos noturnos para criar a UFR. “Hoje atendemos a esses critérios. Agora ele fala em população. Se os nossos políticos tivessem se articulado e se estivéssemos na reunião teríamos rebatido o ministro com argumentos científicos e técnicos. O governador Silval Barbosa e a reitora Maria Lúcia silenciaram”, disse.

A comunidade acadêmica vai continuar brigando pela criação da nova universidade federal em Mato Grosso. “Alguns ficam desanimados, mas para nós, essa negativa do ministro é um estímulo para continuar com a luta”, avisou Paulo Isaac.
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