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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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Vice-reitora da Unir toma posse e nova eleição deve ocorrer em até 90 dias

O Conselho Superior Universitário da Universidade Federal de Rondônia (Unir) decidiu, na manhã desta segunda-feira (28), dar posse como reitora pro tempore à professora Maria Cristina Victorino de França, vice-reitora da instituição. Ela dirigirá a universidade até a nova eleição para reitor, que deve acontecer nos próximos 90 dias, prorrogáveis por mais 30, segundo um dos membros do conselho.


A reunião teve início às 10h (horário de Rondônia, 12h no horário de Brasília) e durou duas horas e meia.

A renúncia do reitor José Januário de Oliveira Amaral era uma das principais reivindicações de estudantes e professores, em greve desde 14 de setembro. Após o pedido de saída dele, na semana passada, porém, o grupo afirmou que o fim da manifestação estava atrelado à garantia de que o estatuto da Unir seria respeitado pelo Ministério da Educação e que a vice-reitora assumisse o cargo.

Após a reunião do conselho, o professor Carlos Luis Ferreira da Silva, do departamento de Informática, afirmou que os professores farão uma assembleia na manhã da terça-feira (29), que deve decidir o fim da greve da categoria.

Os estudantes devem permanecer ocupados na reitoria da instituição, no campus de Porto Velho, uma última noite, antes de entregar o prédio para a nova reitora. "Ela pediu que a gnente segurasse o prédio porque ele está sem luz e sem as chaves. Ele precisa de segurança para correr o risco de que ocorra nada no prédio", disse uma das estudantes do comando de greve.

Segundo ela, uma reunião entre os estudantes decidirá como será feita a limpeza e entrega da reitora. "Vamos deixar tudo conforme a gente encontrou."

Ex-reitor falta à reunião
Reitor da instituição entre 2007 e a semana passada, faltou à reunião do conselho, do qual era presidente. Ele enviou sua renúncia por meio de uma carta aberta à comunidade.

Procurado pelo G1, Amaral afirmou, por meio da diretoria de comunicação da Unir, que estava "muito abalado" para dar entrevistas.

Na carta, ele disse que sua renúncia "não significa fuga da batalha" e que tomou a decisão para que a Unir "não sofra mais do que está sofrendo".

Amaral afirmou na carta que tentou "da melhor maneira possível" administrar os problemas da universidade. "Hoje, a Unir passa por problemas que, infelizmente, fogem da minha alçada. Enfrentamos problemas estruturais, conjunturais e ainda enfrentamos a dívida histórica que o estado brasileiro tem para com a sociedade no que tange o desenvolvimento do ensino superior e a produção científica", escreveu.

Amaral também pediu desculpas por sua "impaciência" aos membros de sua equipe.

"Quero expressar o meu sentimento fraterno a todos os técnicos-administrativos estendendo a cada um o meu abraço fraterno e pedindo sinceras e humildes desculpas por todos os momentos que motivados por minha angustia e velocidade das respostas utrapassei as regras formais de minha autoridade."

Na carta, ele ainda criticou a falta de diálogo com os manifestantes e reclamou da "agressão, a desqualificação e a invasão" de sua vida privada. "Enfrentamos um duro processo político que se estabeleceu em diversas escalas. Injúrias, calunias, acusações e a perversidade da difamação", escreveu o ex-reitor.

Além da saída de Amaral, todos os pró-reitores foram exonerados em boletim de serviço publicado nesta segunda-feira.
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