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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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Alunos da UnB seguem sendo alvo de ameaças na web, diz polícia

Mesmo depois da prisão de dois suspeitos de incitar a violência contra negros, homossexuais, mulheres, nordestinos e judeus na internet e de publicar ameaças contra alunos da Universidade de Brasília (UnB), mensagens de violência...

Mesmo depois da prisão de dois suspeitos de incitar a violência contra negros, homossexuais, mulheres, nordestinos e judeus na internet e de publicar ameaças contra alunos da Universidade de Brasília (UnB), mensagens de violência contra os estudantes da instituição continuam sendo postadas na web.


A Polícia Federal acredita que amigos de um dos presos, um ex-estudante de letras da UnB, sejam responsáveis pelas postagens.

O delegado da Polícia Federal Wagner Mesquita de Oliveira garante que o suspeito não é o autor das publicações recentes. “Ele pode mandar recado para alguém através de visitas de advogados e parentes. Enfim, pedir pra alguém postar coisas em nome dele. Diretamente, eu posso lhe garantir que ele não tem [vínculo com as publicações]”, disse Oliveira.

Numa rede social, o suspeito mencionou que "está comandando de dentro da cadeia". Ele também reforçou as ameaças contra estudantes da UnB, questionando se a polícia vai conseguir revistar mochilas e lixeiras da universidade.

Apesar de estar desempregado, o suspeito tinha saldo de R$ 500 mil na conta bancária. A Polícia Federal apura a origem do dinheiro encontrado na conta do estudante, que seria incompatível com a renda dele de técnico em informática.

O delegado da PF também disse que há mais gente envolvida nos crimes cometidos pelo estudante. “A estrutura que nós descobrimos após a deflagração da operação com as buscas e apreensões, e com as prisões efetuadas, dão a clara certeza de que há mais gente envolvida. E esse é o objetivo dos inquéritos que estão sendo instaurados”, declarou o delegado.

Prisão
O ex-estudante de letras da UnB foi preso, preventivamente, no Paraná, quando visitava um amigo e colaborador do site onde foram publicadas as ameaças. Com ele, os policiais encontraram um mapa com endereço do Lago Sul, em Brasília, onde o grupo estaria planejando um ataque armado.

O suspeito de Brasília mantinha, com outro colega, um site na internet que publicava conteúdo preconceituoso. Na página, há mensagens favoráveis à pedofilia, pelo extermínio de homossexuais e propondo a violência contra mulheres.

Ação penal
O suspeito de Brasília já tinha sido condenado, em 2009, pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal por racismo na internet. O processo tramita em fase de recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O homem, de 26 anos, foi alvo de ação penal ajuizada pelo Ministério Público do DF em agosto de 2005. A corte ministerial alegou que ele disseminou ideias racistas e incitou a violência contra negros e afrodescendentes em um site de relacionamentos.
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