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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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Olimpíada de Física deve ter a participação de 90 escolas públicas

A equipe brasileira conquistou uma medalha de ouro e três de bronze na última olimpíada internacional de física, realizada no ano passado, na Tailândia. Foi o melhor resultado do Brasil na competição até hoje.


Será realizada no próximo dia 28 de agosto, a 1ª fase da Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas (OBFEP). É a primeira vez que estudantes de Mato Grosso participam da disputa. Ao todo, 90 escolas públicas estão inscritas e a previsão é de que 31,2 mil alunos em Mato Grosso façam a prova. Desses, 5% de cada escola vão para 2ª e última fase. Os vencedores são definidos exclusivamente a partir do resultado da última prova.

Os estudantes selecionados entrarão para a seleção da equipe brasileira, que deve disputar a Olimpíada Internacional de Física, em julho de 2013, na Dinamarca, e a Olimpíadas Ibero-americanas, em setembro de 2013, no Paraguai.

Também vão integrar o time nacional os vencedores da Olimpíada Brasileira de Física (OBF). A OBF já está em andamento e é voltada para escolas particulares e públicas - a 1ª fase foi realizada em maio. Participaram 36 escolas mato-grossenses, com 1,700 alunos, dos quais 470 foram classificados para a próxima fase, em 11 de agosto. A escola com mais selecionados foi a Escola Estadual Jayme Campos, de Várzea Grande, com 147 alunos. A Escola Estadual Dunga Rodrigues, também localizada na segunda maior cidade de Mato Grosso, classificou 10 estudantes. A última fase acontece em 06 de outubro.

O professor João Marcos Coelho é coordenador das duas olimpíadas em Mato Grosso.

“O Brasil está bem ranqueado com uma medalha de ouro e outra de bronze”, conta João Marcos Coelho, coordenador estadual das duas Olimpíadas. Ele se refere às medalhas recebidas em 2011, na Olimpíada Internacional de Física, pelos alunos Gustavo Haddad Braga, do terceiro ano, que ganhou a medalha de ouro e Ivan Tadeu Ferreira Antunes Filho, do segundo ano, que conquistou o bronze, ambos do Colégio Objetivo, de São Paulo.

Em Mato Grosso, entre os adolescentes que vão participar da OBFEP está Eduardo Caetano de Oliveira, 15 anos, estudante do 1º ano da escola estadual Dunga Rodrigues. Incentivado pelos professores, ele já participou de várias olimpíadas - entre português, matemática, astronomia e física. Eduardo confessa sua paixão pelas fórmulas e está convencido de que tem potencial para entrar na disputa. “Estudo na escola e também levo apostilas para estudar em casa, minha família me apoia”.

Renan Carlos Moreira, professor de física da escola Dunga Rodrigues, está coordenando os alunos que vão participar da Olimpíada. Todos os inscritos cursam o ensino médio. O professor relata que os estudantes do ensino fundamental não se empolgaram em participar depois que fizeram o teste e conferiram o nível das questões.



Como é a primeira vez que a escola participa, o professor acredita que no próximo ano o trabalho com os alunos será diferenciado, oferecendo aulas extras em horários alternativos. A expectativa é que o número de interessados seja maior. “O objetivo da Olimpíada é fazer com que os alunos tenham interesse pela ciência e encontrar talentos. Ela vai ajudar a entender a disciplina e a conhecer profissões nessa área”, explica, lembrando que no ano que vem os jovens que não quiseram participar devem mudar de ideia, pois se sentirão estimulados ao ver o desempenho dos colegas.

Segundo o coordenador João Marcos, esse quadro de participação prevalente dos estudantes do ensino médio é generalizado. No ensino fundamental, podem fazer a prova alunos do 8º e 9º ano.

Presidente nacional da Olimpíada faz palestra em Cuiabá

O presidente nacional da OBF e OBFEP José David Vianna vai realizar palestra em Cuiabá, em 9 de julho, às 20h, no auditório do ICET (conhecido como mofão), na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). O intuito é preparar os professores para coordenar os alunos e sanar dúvida. O evento também é aberto para os estudantes. (Valérya Próspero/Revista Fapemat Ciência)
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