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Quinta-feira, 15 de agosto de 2024

Notícias | Educação

Pedro Taques ouve demandas de professores e alunos de Centro Educacional

Neusa Gomes e Jovina Guimarães viveram grande parte de sua infância e adolescência na zona rural, onde tiveram poucas oportunidades de estudo. A 1ª por não ter condições financeiras de ir para cidade e a 2ª por ter se casado muito cedo e ser proibida pelo marido. Hoje com 50 e 67 anos, respectivamente, as duas estão realizando o sonho de conquistar um diploma. 


Em 2010, já viúva e com os filhos formados, Jovina voltou aos livros, incentivada pelo novo marido após parar de costurar para fora, ofício que ocupou por 22 anos. Já Neusa retornou aos bancos da escola após perder um emprego pela falta de instrução e hoje trabalha como fiscal de prevenção e perdas no supermercado Extra, cargo que alcançou devido ao curso técnico administrativo, que frequenta atualmente. 

Histórias como as de Jovina e Neusa foram contadas ao governador Pedro Taques durante visita realizada ao Centro Educacional de Jovens e Adultos (CEJA) Licínio Monteiro da Silva, em Várzea Grande, na noite de segunda-feira (09.02). Acompanhado da esposa Samira Martins, ele conversou, ouviu as demandas e tirou dúvidas de professores, coordenadores e alunos sobre assuntos relacionados a educação, segurança, pavimentação, mobilidade urbana e concurso público. Taques se mostrou sensível as batalhas da classe. Ele contou que sua mãe se formou professora aos 50 anos pela Universidade Federal e que, apesar das dificuldades de ministrar aulas nos três períodos, sempre demonstrou grande amor pela profissão. 

Entre as demandas apresentadas, o diretor João Dias de Moura levantou a dificuldade de trazer jovens e adultos para o centro educacional e o desafio de mantê-los. Ele pediu apoio na divulgação e a necessidade de mostrar o que é o CEJA, que são importantes centros de formação destinados a jovens e adultos que estão fora da idade escolar e que desejam concluir o ensino fundamental e médio, e que atendem alunos especiais e oferecem cursos técnicos. 

“Muita gente não conhece o funcionamento destes centros. As matrículas aqui são trimestrais, por área de conhecimento, e muitos só se matriculam uma vez e depois somem”, pontua o diretor. Outros pontos lembrados foram a qualificação de professores e necessidades de investimentos na educação básica. 

Educação no estado 

Pedro Taques destacou que todos os estudantes presentes são vencedores pelo fato de não desistirem, mesmo diante dos obstáculos do dia a dia. “A educação dá respeito e dignidade. Ela faz as pessoas transformarem a realidade do mundo em que vivem”. O governador frisou a necessidade de se firmar parcerias com municípios para uma educação básica de melhor qualidade. A construção de creches também foi colocada como um ponto importante, para que os pais possam deixar seus filhos em segurança para voltarem às salas de aula com tranquilidade. 

O governador declarou que a educação será a pasta que receberá mais recursos em 2015, com orçamento previsto de R$ 1,9 bilhão. Ele acredita que Mato Grosso poderá alcançar a 1ª posição na educação do país e afirmou estar cortando despesas, economizando e combatendo a corrupção para quitar a dívida de R$190 milhões deixadas no setor. “O estado precisa dar condições para que os alunos não se evadam da sala de aula, principalmente neste período noturno. Estamos visitando as escolas, ouvindo cada um dos alunos, diretores, professores e profissionais da educação sobre as principais necessidades”, afirmou. 

O secretário estadual de educação, Permínio Pinto, informou que o combate ao analfabetismo está entre os planos principais do governo estadual e ressaltou que os 25 Cejas de Mato Grosso, que no último ano contou com aproximadamente 87 mil alunos inscritos, serão muito importantes para este processo. 

Segundo Permínio, a qualidade do ensino é prioridade do Estado. Entre as estratégias está a de fazer uma gestão em parceria com os municípios e buscar métodos para que os alunos se sintam motivados a permanecer na escola até o final do ensino médio. “Só por meio da educação é possível mudar a vida do estudante e de sua família. É preciso também valorizar os profissionais mantendo um processo de formação constante. Precisamos oferecer melhores condições para que este aluno seja permanente e conclua seu curso. Precisamos evoluir”, conclui.
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