O professor e coordenador do Colégio Master, Paulo Roberto de Andrade, afirmou que a realização de uma nova prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) não contará com a credibilidade exigida para a finalidade de um vestibular.

“Já começou mal. O Enem foi fraudado antes mesmo de acontecer. A posição mais coerente do governo seria cancelar o Enem e reestruturá-lo para o ano que vem” afirmou Andrade.

A declaração foi dada na manhã desta quinta-feira (01), quando o coordenador explicou que uma nova prova passará pelos mesmos processos  da primeira, tendo, portanto, a mesma chance de ser fraudada. Para ele, ninguém mais vai acreditar no processo.

“Se não tem segurança no transporte, o que dirá na aplicação, que é o mas complicado?”, afirmou Andrade. Ainda de acordo com ele, a prova do exame deste ano já roda em Cuiabá desde a terça-feira (29).

O professor lembra que em abril deste ano ele ressaltou a possibilidade da ocorrência de uma fraude na prova. Contudo, ele acreditava que isso aconteceria durante a aplicação do exame, processo mais difícil de vigiar. “Não foi uma surpresa. Porém, eu imaginava que a fraude aconteceria na aplicação, e não antes dela.”

E, além do aluno, Andrade lembra que a preocupação é de toda a família. Portanto, ao invés de cinco milhões de alunos nervosos, o número deve ser multiplicado por toda a família de cada vestibulando.

O coordenador ainda declarou que “este é um momento para a UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso) pensar no melhor para o aluno e não para a instituição”. Para ele, a universidade deveria assumir o vestibular local e talvez até deixar de utilizar o novo Enem.