Olhar Direto

Quarta-feira, 26 de junho de 2024

Notícias | Educação

nova (?) leitura

SiSU é apelo eleitoral que pode acarretar problemas, avalia professor

O SiSU (Sistema de Seleção Unificada) é um apelo eleitoral cuja tendência é que seja ineficaz na função de facilitar o acesso das classes menos favorecidas ao ensino superior, como propagado pelo Governo Federal, e acarrete uma série de problemas. Está é a avaliação do professor de linguagens e coordenador de eventos culturais do colégio Maxi, Carlos Roberto Leão.


“Foi uma boa forma de estarem na mídia todos os dias. Fora, é claro, a repercussão negativa pelo vazamento da primeira prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). O SiSU está todo o dia nas TVs, jornais e sites”, ponderou o professor Leão.

Com relação a facilitar o acesso do aluno de escolas públicas ao ensino superior, o professor de linguagens demonstra dúvidas. “Não tenho certeza se vai melhorar”. Um dos indícios de que esse intento pode falhar são as notas de corte, as quais continuam no mesmo nível de 2009, portanto o perfil dos aprovados deverá ser parecido.

Para Leão, o Sistema de Seleção Unificada deixa a desejar na solução dos problemas, visto que é preciso resolver primeiro as dificuldades na base do ensino. Segundo ele, em termos de resolubilidade, não passa de “trocar o termômetro para resolver a febre”.

Outro problema lembrado pelo professor de linguagens é um provável aumento no índice de desistências em um futuro próximo. De acordo com ele, tem sido comum observar vários alunos trocando sua opção para algo muito distante da verdadeira vontade, apenas para poder ingressar em uma instituição de ensino superior.

“Vejo isso como uma grande preocupação. (...) Se a universidade federal já sofre com vagas ociosas, essa realidade vai piorar”, lamenta Leão. Este problema, inclusive, é amplamente discutido por candidatos em diversos fóruns na internet e nos corredores das escolas.

Contudo, Carlos Roberto Leão lembra que tudo isso só poderá ser confirmado no decorrer da quinta-feira (4), com o fim da primeira etapa de seleção e a divulgação dos aprovados. O professor, inclusive, considera que a intenção do SiSu é boa, mas que precisa passar por aprimoramentos e depende da aderência de outras universidades.

De concreto e consumado, Leão avalia a existência de um prejuízo financeiro aos alunos de Mato Grosso em comparação ao do resto do país. “O nosso aluno que quis fazer prova na UFMS, UFMG e outras universidades fora do estado tiveram de pagar, gastar por isso. Já os de lá e de todo o Brasil que tentam uma vaga aqui não”, pontuou Leão.

Ele salienta o fato da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) ser uma das poucas federais de grande porte a aderir ao processo. Para piorar a situação dos alunos mato-grossenses, é a única de todo o Centro-Oeste a aderir ao SiSU.

No entanto, o professor de linguagens espera que o Maxi mantenha o mesmo nível de aprovados em comparação a 2009. Segundo ele, caso a nota de corte de medicina, curso ‘conceitual’, continue no patamar de 805, será correspondente ao usual no sistema antigo de seleção: 80%.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet