Mais de 50% das vagas oferecidas pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), através do SiSU (Sistema de Seleção Unificada) ainda esperam para serem preenchidas e podem ficar para a segunda etapa da seleção (segunda chamada). Pelo menos foi o que apurou o Olhar Direto junto às coordenações de cursos daquela instituição, nesta sexta-feira, último dia para matrícula da primeira etapa.

O início da segunda etapa do SiSU será no dia 15 de fevereiro, na qual as vagas remanescentes serão oferecidas aos interessados.

O levamento preliminar confirma que a procura para a efetivação do ingresso nos cursos da UFMT continua em um ritmo lento, como nos dias anterirores. "Ao que tudo indica, mais de 50% das vagas na instituição podem ficar para a segunda fase do processo". segundo uma fonte ouvida pelo Olhar.

Em um giro pelas coordenações de curso, locais onde estão sendo feitos os registros dos ingressos na UFMT, a reporatagem constatou que os candidatos de fora de Mato Grosso são as principais ausências, muito embora a realidade seja outra em alguns cursos, como Medicina e Geologia, onde a maioria dos matriculados é de outros estados.

Entre os motivos mais apontados como possíveis causadores dessa ausência estão os resultados de outras universidades que foram divulgados no decorrer desta semana e no fim da anterior. Mackenzie, Universidades Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e FUVEST, em tese, seriam mais interessantes para os aprovados oriundos de outros estados, que, ao que tudo indica, parecem ser maioria.

Logicamente, com a ‘saída’ dos concorrentes de outros estados, aumenta a chance de matrículas por parte dos mato-grossenses, mesmo tendo sido superados pela concorrência nacional na primeira etapa.

Parcial de sexta-feira

No caso de Medicina, curso mais concorrido da federal de Mato Grosso, apenas 44 pessoas matricularam-se até metade da tarde desta sexta-feira, quando é oferecido um total de 80 vagas. Desses registros, aproximadamente 11 são de Mato Grosso, apesar de a UFMT divulgar que 20 seriam deste estado. Quanto a Geologia, até ontem, das 50 vagas disponíveis, apenas 17 haviam se matriculado, dos quais dois são de dentro do estado.

Engenharia Elétrica contabilizou apenas mais uma matricula até o momento apurado pela reportagem, totalizando 27 registros, menos da metade das 80 vagas oferecidas pela universidade. A mesma situação vive o curso de Engenharia Sanitária, com 26 matriculados.

O curso de Arquitetura vive uma situação tão dramática quanto. Dos 60 candidatos aprovados, apenas 24 apareceram para se matricular, dentre eles, quatro de outros estados. Matemática, que também ofertou 60 vagas, só registrou 26 alunos quando consultado pelo Olha Direto. Desse total, seis são de fora de Mato Grosso.

As três habilitações de Comunicação Social oferecidas na UFMT – Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Rádio e TV – tiveram uma procura um pouco maior nesta sexta, mas apenas 33 matrículas eram contabilizadas em uma parcial.

Na contramão, os cursos de Ciências da Computação e Sistemas de Informação computaram um número alto de inscrições concretizadas. Informações dão conta que 82,5% das vagas de Sistema foram preenchidas, contra 62,5% de Ciências da Computação. Além disso, a maioria absoluta dos matriculados seria de Mato Grosso.