Concentradas no Centro de Desenvolvimento de Vôlei, o quartel-general brasileiro, em Saquarema, no Rio de Janeiro, as seleções masculina e feminina não resistiram à onda do álbum de figurinhas da Copa do Mundo da África do Sul. Entre um intervalo e outro, tornou-se comum presenciar um aglomerado de atletas sentado ao chão trocando os cromos.

Instrumento de distração e relaxamento, o ''troca-troca'' vem dividindo a preferência dos jogadores com o computador. O levantador Marlon (recém-contrado pelo Minas), um dos mais ferrenhos adeptos, afirmou que tornou-se colecionador no Mundial de 1986. "Elas vinham dentro dos chicletes", relatou o atleta que confidenciou dar chicletes aos colegas e colocar várias gomas de mascar na boca para acumular mais figurinhas.

Assim como os comandados de Bernardinho, a seleção feminina também está reunida na cidade carioca. Sassá, ponteira campeã olímpica em Pequim/2008, é o principal exemplo de que o ritual é restrito ao universo masculino, entretanto admitiu a preferência pelos cromos da boneca Barbie. "Já colecionei de campeonato brasileiro de futebol. Mas as minhas primeiras figurinhas foram da Barbie", relatou.

Figurinhas à parte, a seleção brasileira masculina estreia na Liga Mundial no dia 4 do mês que vem, na cidade mineira de Uberlândia, contra a Bulgária. Para o comandante Bernardinho, os búlgaros são os principais adversários do grupo da primeira fase, que conta também com Holanda e Coréia do Sul.

"Teoricamente a Bulgária é a adversária mais difícil, mas a Holanda vai incomodar muito. É uma equipe jovem, talentosa e muito forte, e que pode se inserir nessa briga pela primeira colocação na chave. A Coreia pode vencer qualquer uma das seleções, mas não acho que venha a disputar o primeiro lugar" analisou.