Presidente que contratou Mano Menezes para o Grêmio em 2005, Paulo Odone aposta no sucesso do novo técnico da seleção brasileira de futebol. Para o ex-chefe de Mano, porém, o treinador precisa de respaldo da CBF para obter resultados de médio prazo.

“A CBF precisa dar respaldo, porque não é fácil ser treinador de seleção. O Mano sabe disso, está pronto mas precisa ter direção com pulso para segurar. O resultado não será imediato, mas virá no médio prazo, que é o que a seleção precisa”, avalia o ex-presidente do Grêmio.

Paulo Odone conta que decidiu contratar Mano Menezes após “apanhar” sucessivas vezes do então técnico do Caxias. “Eu conheci o Mano apanhando dele. O Grêmio perdeu para o Caxias e eu percebi claramente que levamos um nó tático”, lembra o dirigente.

No Grêmio, Mano Menezes tirou a equipe da segunda divisão em 2005, tendo a cabeça a prêmio após perder de goleada para o Anapolina. Ficou no cargo e passou pela lendária “Batalha dos Aflitos”, para depois levar o Grêmio ao bicampeonato Gaúcho e à final da Libertadores. Para o presidente do Grêmio na época, o episódio da Batalha dos Aflitos não foi apenas sorte.

“A sorte acompanha a competência. O Mano sabe mexer no time durante os 90, sabe trocar no intervalo, sabe ter humildade para fazer um futebol de resultado quando tem que ser e sabe montar um time aberto”, afirma Odone. “Ele é um cara que conhece futebol e cresceu muito nos quatro anos de Grêmio. É confiável, esclarecido, tem suas convicções mas sabe ter diálogo”, avalia.

Após a entrevista coletiva em que Mano Menezes anunciou ter aceitado o convite da CBF, o site do Grêmio publicou uma nota parabenizando o ex-treinador. “O Tricolor aproveita também para desejar sorte nesta nova fase da vida do técnico que deixou sua marca na história do Grêmio”, diz o texto publicado no site oficial do clube.