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Terça-feira, 30 de julho de 2024

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Bellucci dispara contra qualidade de treinadores brasileiros

Em má fase após um bom período de subidas no ranking do tênis mundial, o brasileiro Thomaz Bellucci disparou contra as críticas que recebeu após o abandono na etapa asiática da Copa Davis, e mirou os técnicos de tênis no Brasil que, salvo pouquíssimas exceções, seriam majoritariamente fracos, em sua avaliação, e pediu que os ex-atletas assumissem o posto de treinadores em solução a este problema.


"Os técnicos no Brasil são muito fracos. Falta qualificação. Nunca tivemos uma tradição de bons técnicos. Você pode ver que temos Centros de Treinamento com um baita investimento e não sai nenhum jogador de lá, recebem o dinheiro e não formam ninguém. Há investimento, comprometimento dos jogadores. O que não falta é verba, são os técnicos", avaliou o jogador.

Atualmente o número 27 do mundo, ele chegou a ultrapassar o recorde de Thomaz Koch e ficar na 21ª colocação do ranking de tenistas profissionais. Treinado pelo capitão da seleção brasileira, João Zvetsch, ele poupou apenas o próprio treinador e também Larri Passos, ex-técnico de Gustavo Kuerten e atual do juvenil Tiago Fernandes, ao afirmar que os profissionais têm baixa qualidade e que a solução mais imediata seria a importação.

"O Larri e o João são exceções. Dentro do Brasil, temos poucos treinadores que podem trabalhar com um tenista top 50. Lá fora é mais fácil. Eu teria um técnico estrangeiro também", afirmou "Temos pouca qualificação de técnicos, faltam pessoas competentes para alavancar as carreiras. A gente nunca teve tradição para ter técnico bom e isso acaba prejudicando a evolução dos jogadores", explicou, dando como solução a atuação de ex-atletas na formação de novos jogadores.

"Com a experiência que eles têm, ajudariam. Seriam muito melhores do que técnicos que nunca competiram profissionalmente. Isso não acontece em outros países. Você vê na Espanha, na Argentina, ex-jogadores como técnicos. Se fosse aqui, poderíamos ter uma situação diferente", projetou.

O brasileiro ainda reclamou das críticas que recebeu após a eliminação do país na Copa Davis, após estar vencendo a Índia por 2 a 0 e levar a virada. Na ocasião, Thomaz abandonou a partida contra Somdev Devvarman, empatando o confronto em 2 a 2 - e que seria perdido em seguida. Acusado de falta de "espírito de Davis", o jogador de 22 anos prometeu continuar a atuar pelo campeonato de seleções.

"Eu sempre gostei de defender o meu país nesse tipo de competição e estimulo os outros que têm essa oportunidade a fazer o mesmo. Toda vez que fui convocado atendi o chamado e pretendo sempre comparecer. Eu sei que como número 1 do Brasil a pressão será maior por resultados e tenho que saber lidar com isso", afirmou, defendendo-se do mau desempenho na Índia. "Não é fácil manter o mesmo ritmo o ano inteiro", afirmou.
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