O Brasil encerrou sua participação no Campeonato Mundial de Piscina Curta de Dubai, este domingo, com oito medalhas (três de ouro, uma de prata e quatro de bronze) e a melhor campanha do país em torneios mundiais na distância de 25 metros.

Só neste domingo, o Brasil faturou quatro medalhas, com os ouros de Cesar Cielo (100 metros livre) e Felipe França (50 metros peito), a prata de Kaio Márcio de Almeida (200 metros borboleta) e o bronze da equipe de revezamento 4x100 medley.

Integravam a equipe masculina do Brasil no revezamento 4x100 medley, ganhadora do bronze, Cielo, Felipe e Kaio Márcio - cada um com medalhas individuais na competição -, em quarteto completado por Guilherme Guido. A medalha de ouro ficou com a equipe americana e a prata, com a russa.

Na quinta-feira, o Brasil já tinha faturado o bronze no revezamento 4x100 livre, com o quarteto formado por Nicholas Santos, Cesar Cielo, Marcelo Chierighini e Nicolas Oliveira.

Cesar Cielo, astro brasileiro do Mundial, que já tinha ganhado um ouro, na sexta-feira, na prova dos 50 metros livre, demonstrou que é o melhor nadador da especialidade, ao subir no lugar mais alto do pódio, este domingo, da prova dos 100 metros livre.

Com um tempo de 45 segundos e 74 centésimos, Cielo foi mais rápido que o francês Fabien Gilot (45.97) e o russo Nikita Lobintsev (46.35), alcançando o objetivo de completar a prova dos 100 metros livre abaico dos 46 segundos.

O nadador brasileiro fez, em Dubai, seu melhor tempo nos 100 metros livre, embora longe do recorde mundial do francês Amaury Leveaux (44.94), uma marca que não pretendia superar no evento dos Emirados Árabes Unidos.

No total, Cielo conquistou quatro medalhas neste Mundial, pois além dos dois ouros, ele tem o bronze da equipe de revezamento 4x100 livre e o do 4x100 medley.

Já Felipe França ganhou o ouro nos 50 metros peito, com um tempo de 25 segundos e 95 centésimos, sendo mais rápido que o sul-africano Cameron van der Burgh, que levou a prata, e que o norueguês Aleksander Hetland, que ficou com o bronze.

O jovem nadador brasileiro de 23 anos, que se destacou nos últimos Jogos Sul-americanos conquistando três ouros em Medellín (50 e 100 metros peito e revezamento 4x100 medley), em março passado, demonstrou não ter perdido a capacidade competitiva no fim do ano, somando o ouro ao bronze conquistado nos 100 metros peito.

Nos 200 metros borboleta, Kaio Márcio ficou a ponto de conquistar o título mundial, chegando em seguindo em uma final vencida pelo sul-africano Chad Guy Bertrand Le Clos.

Kaio Márcio, que já tinha conquistado o bronze nos 100 metros borboleta, ficou com a prata, concluindo a prova com um tempo de 1 minuto, 51 segundos e 61 centésimos, sendo mais rápido que o húngaro Laszlo Cseh, que ficou com o bronze (1:51.67), na prova vencida por Clos com 1:51.56.

No total, o Brasil terminou sua campanha em Dubai com os ouros conquistados por César Cielo nas provas de 50 e 100 metros livre, e por Felipe França nos 50 metros peito; com a prata de Kaio Márcio nos 200 metros borboleta, e com os bronzes de Felipe França (100 metros peito) e Kaio Márcio (100 metros borboleta), e das equipes de revezamento 4x100 livre (Nicholas Santos, Cesar Cielo, Marcelo Chierighini, Nicolas Oliveira) e 4x100 medley (Guilherme Guido, Felipe França, Kaio Márcio e Cesar Cielo).

No feminino, a também brasileira Fabíola Molina foi a oitava e última colocada, este domingo, na final da prova dos 50 metros costas, prova vencida pela chinesa Jing Zhao.

Aos 35 anos, Molina, natural de São José dos Campos, não conseguiu manter em Dubai o bom nível demonstrado nos Jogos Sul-americanos, onde faturou três ouros, sendo dois deles nas provas de 50 e 100 metros costas.