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Segunda-feira, 29 de julho de 2024

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Números ajudam a explicar por que Marta é um fenômeno do esporte

A atacante Marta se despediu do Santos no último domingo (6). Agora, a melhor jogadora do mundo nos últimos cinco anos vai jogar em Nova York. Alguns números ajudam a explicar por que ela é um fenômeno do esporte.


Calor. Muita marcação. Até o cabelo atrapalha. Parece que Marta não fará nada demais. Até que ela rouba uma bola, avança, dá um drible em velocidade, encontra espaço onde parecia ser impossível passar, e termina o lance com um gol. Um golaço. Desses que deixam todos se perguntando: como Marta consegue?

“Na verdade, eu não sei explicar o porque”, diz a jogadora.

É difícil mesmo. Mas, com o auxílio da ciência e de especialistas, já é possível entender algumas qualidades que fazem dela uma atleta tão especial. A começar pela condição física privilegiada.

“Parece que ela tem um instinto de velocidade de um animal, de uma pantera, uma onça”, comenta o técnico da seleção feminina, Kleiton Lima.

Exames realizados por um clube da Suécia, mostram que Marta corre 30 metros em 4s12. É tão rápida que está dentro da média de jogadores homens. Em piques mais curtos, de 10 metros, seu tempo de 1s69 é melhor que a média do sexo masculino.

“Há uma disparidade muito grande de velocidade, de explosão, da Marta em relação às outras jogadoras”, afirma o médico do Santos, Carlos Alba.

“Eu vivi minha infância inteira jogando com meninos, então eu tinha que me esforçar bastante pra poder me sobressair no meio deles”, conta Marta.

Se fosse apenas rápida, Marta poderia tentar a sorte em pistas de atletismo, correndo provas como os 100 metros. Mas não é só isso. Ela se diferencia das demais porque consegue unir esse incrível potencial físico com técnica e habilidade.

“Ela tem todas as valências que um atleta tem que ter numa pessoa só”, afirmou o técnico do time feminino do Santos, Gustavo Feliciano.

E também é inteligente, pronta para surpreender rivais com um imenso repertório de dribles.

“Um pouquinho antes da bola chegar eu procuro pensar no que eu posso fazer, no que eu posso improvisar”, disse Marta.

Funciona assim: Marta percebe o movimento da adversária. Essa informação passa por três regiões diferentes do cérebro, que programa um movimento e manda os músculos executarem. Em 200 milisegundos, mais rápido que um piscar de olhos, ela faz o impossível.

Quem pode contar com todo esse talento respira aliviado.

“Ela já sai antes da adversária pensar em ter qualquer ação para marcá-la. Sabe aquele jogo que o treinador não tem mais o que fazer? Que você já entregou os pontos. Você já fez de tudo e a coisa não vai. Então, a Marta resolve”, completa Gustavo Feliciano.
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