O tempo fora do Brasil fez Jadel Gregório se acostumar a um outro nível de estrutura de treinamentos. De volta ao país desde o ano passado, o saltador encontrou uma nova realidade. E ainda não se adaptou a ela. Nesta quarta-feira, ele estava escalado para participar do Festival de Velocidade, Saltos, Fundo e Meio-Fundo, na pista Adhemar Ferreira da Silva, no Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa (COTP). Com cãibras, no entanto, resolveu se poupar. Da arquibancada, pediu melhorias às condições dadas aos atletas.

- Nós treinamos em uma estrutura "nível Brasil", né? Espero que um dia a gente passe a ter uma estrutura nível mundo. O francês (Teddy Tamgho) bateu o recorde mundial indoor outro dia. Ninguém está de brincadeira lá fora. Aqui, acabamos nos esforçando muito mais. Mas a gente sabe que precisa treinar três vezes mais para chegar a um resultado – disse.

O saltador acredita que os esforços para melhorar a estrutura brasileira não devem se restringir aos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. Para Jadel, o planejamento deve ser pensado levando em conta os anos anteriores às Olimpíadas e após o evento.

- Está tudo demorando para 2016. Mas ainda tem 2011, 2012, 2013... Temos que ter planejamento para colher resultados no meio do caminho também.

Principal atleta do salto triplo do Brasil, Jadel lidou nos últimos anos com uma série de lesões que atrapalharam seu desempenho nas pistas. O saltador, no entanto, garante estar em boa forma.

- Eu estava louco para competir. Estou zerado. São quase dois anos com lesões. Mas está na hora de competir. De entrar na pista e saltar.

Nas metas de Jadel, nenhuma competição se torna prioritária. Depois de tanto tempo parado, tudo o que ele quer é saltar. E longe.

- Meu objetivo é saltar longe. Estou treinando bem. Vou me manter focado e, ao longo do ano, as coisas vão acontecendo.