Em um estádio praticamente vazio, já que a torcida do Guaraní não compareceu ao Defensores del Chaco, o Cruzeiro jogou para o gasto e conquistou mais uma vitória no grupo 7 da Taça Libertadores. O time mineiro se aproveitou do fato de os paraguaios já estarem eliminados e terem atuado com uma formação mista. Sem muitas dificuldades, a Raposa venceu por 2 a 0, com um gol de Thiago Ribeiro, ainda no primeiro tempo, e outro de Ortigoza, na segunda etapa.

O jogo marcou o recorde de Fábio e Marquinhos Paraná, que se tornaram recordistas em número de partidas pela Libertadores com a camisa celeste. Os dois completaram 41 jogos e passaram o goleiro Raul, que defendeu o clube nas décadas de 1960 e 1970.

Com o resultado, o Cruzeiro chegou aos 13 pontos ganhos e praticamente se garantiu na primeira colocação da chave. O Estudiantes, da Argentina, principal concorrente dos mineiros, apenas empatou com o Tolima, em Ibagué, por 1 a 1, e chegou aos dez pontos. Na próxima rodada, no dia 13 de abril, Estudiantes e Cruzeiro se enfrentarão em La Plata e, para perder a primeira posição, os argentinos terão que vencer por oito gols de diferença.

O Cruzeiro agora volta as atenções para o Campeonato Mineiro, já que o time enfrentará o Guarani, domingo, às 16h (de Brasília), na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas.

Superioridade e acomodação

O Cruzeiro começou a partida arrasador. Contando com a fragilidade do adversário, o time mineiro foi para cima e criou ótimas oportunidades de marcar. No primeiro lance, Thiago Ribeiro não conseguiu marcar, após receber um ótimo cruzamento de Montillo.

Porém, aos 17 minutos, a dupla funcionou. Na verdade, o lance do gol cruzeirense teve participação de Roger, Wallyson, Montillo e Thiago Ribeiro. Os quatro trocaram passes e, por fim, Thiago entrou livre na área, frente à frente com o goleiro Silva. O atacante não titubeou e colocou no canto esquerdo, para abrir o placar.

O Cruzeiro ainda teve outras chances, novamente com Thiago Ribeiro e também com Wallyson, que perdeu uma chance incrível. O Guaraní se segurou e, aos poucos, deixou a defesa e começou a se aventurar no ataque. Com isso, Fábio começou a trabalhar.

O goleiro cruzeirense, em grande forma, mais uma vez, foi figura de destaque na partida. Fábio fez, pelo menos, duas defesas incríveis, que impediram que o Guaraní conseguisse algo melhor na primera etapa. Os jogadores celestes deixaram o gramado reclamando de acomodação.

Passividade celeste

Os jogadores do Cruzeiro levou uma bronca do técnico Cuca nos vestiários do estádio Defensores del Chaco. O comandante celeste pediu mais empenho e mais seriedade no momento de finalizar a gol. Em um primeiro momento, a impressão era a de que a atitude seria diferente, mas com o passar do tempo, o marasmo novamente tomou conta.

É bem verdade que o Guaraní-PAR não apresentou nenhuma resistência, mas o Cruzeiro não conseguiu impor o futebol veloz que apresentou nas últimas partidas. Cuca ainda tentou mudar o time, com as entradas de Everton, Wellington Paulista e Ortigoza, mas nada mudou.

Aliás, quase nada. O paraguaio Ortigoza ainda teve tempo, aos 46 minutos, de fazer o segundo. O atacante avançou sozinho, driblou o defensor e bateu forte e cruzado. A bola morreu no canto direito de Silva, sem chance de defesa.

O resultado de 2 a 0 acabou justo, pelos gols marcados e, principalmente, pela passividade da equipe paraguaia.