Muricy Ramalho, novo técnico do Santos, tem um bordão famoso: “Aqui é trabalho, meu filho”. Ele assume o comando da equipe nesta quinta-feira e vai ter que praticar muito o que apregoa em sua frase característica. O time joga domingo, contra o Americana, pelo Paulistão, mas as cabeças alvinegras estão voltadas mesmo para o confronto contra o Cerro Porteño-PAR, quinta-feira que vem, pela Taça Libertadores.

O jogo será em Assunção. O Peixe precisa vencer para não depender de outros resultados, mas não terá Neymar, Elano e Zé Eduardo, todos expulsos na vitória por 3 a 2 sobre o Colo Colo, na última quarta-feira, na Vila Belmiro. O Santos está em terceiro lugar no Grupo 5, com cinco pontos. Os chilenos têm seis e o Cerro, oito. Se empatar no Paraguai, estará sob sério risco.

Muricy comanda seu primeiro treinamento nesta quinta e sua primeira missão é conseguir armar o time sem sua dupla de ataque titular - Neymar e Zé Eduardo - e sem o homem da bola parada e um dos principais articulares de jogadas do time - Elano.

- Até estávamos conversando com relação a elenco. Temos um jogo dificílimo e problemas para resolver. Agora, fui bem recebido e tudo o que eu tenho de dar em troca é trabalho duro - afirmou o treinador após a vitória sobre o Colo Colo. Ele assistiu à partida num camarote na Vila Belmiro.

No entanto, não é só a formação da equipe que preocupa o técnico. Ele também promete conversar bastante com os jogadores. Ele não ficou nada satisfeito com o destempero apresentado pela equipe na última quarta. O time vencia por 3 a 0, mas perdeu o controle, a cabeça e quase permitiu o empate dos chilenos.

- Vou conversar com pessoal. Os jogadores precisam entender que é preciso ter calma e não cair na catimba. Principalmente em Libertadores. Vamos enfrentar um adversário que catimba e é preciso usar mais a inteligência.