O atacante Neymar acusou o árbitro paraguaio Carlos Amarilla de tê-lo ameaçado de expulsão durante o primeiro tempo do empate por 0 a 0 contra o Peñarol, nesta quarta-feira, em Montevidéu, pela decisão da Taça Libertadores. O técnico Muricy Ramalho também questionou a arbitragem pelo desempenho no estádio Centenário.

Logo no início do primeiro tempo, Neymar arriscou um drible no campo de ataque e caiu no gramado sem ser tocado pelo adversário. Amarilla entendeu que o garoto simulou uma falta e lhe aplicou cartão amarelo.

Eu sofri falta e nem pedi, nem sei se foi. Bateu em uma região que dói muito. Ele me deu amarelo e ficou ameaçando, falando que se encostasse no cara eu iria para fora. Ele olhou para mim e disse três vezes que me colocaria para fora – contou.

Neymar relatou o problema ao técnico Muricy Ramalho no banco de reservas. O comandante se revoltou com a atitude do árbitro e pediu que o meia Elano, capitão da equipe, conversasse com Amarilla para amenizar a pressão sobre o craque alvinegro. Deu certo.

- Eu vi Brasil e Holanda, e a primeira coisa que ele fez foi meter cartão no Neymar. Hoje, foi igual. O garoto não consegue jogar. Mandei o Elano perguntar para ele. O juiz tem que entender que o Neymar é leve, não é que cava falta. Eu não posso ter um prejuízo desses. Se ele não me desse segurança, eu tiraria o jogador. Ele (árbitro) disse que era para jogar normal. Então, valeu a pena a conversa – relatou o comandante.

Neymar admitiu que se sentiu acuado em não poder chegar com a mesma disposição em uma adversário para fazer a marcação.

- Para mim, é ruim. Como eu vou marcar o cara? Mas eu consegui sair sem ser expulso. Ele falou três vezes que iria me expulsar. Eu fiquei com receio de chegar. É ruim jogar quando o árbitro fica ameaçando. Você fica com medo de fazer tudo. Como vou driblar e chute? Não tem como! Ele precisa rever isso aí – finalizou.

Com o empate sem gols, Santos e Peñarol jogam por uma vitória simples pelo título. Em caso de nova igualdade no placar, a decisão será nos pênaltis.