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Domingo, 28 de julho de 2024

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DA TERRA

'Cuiabano' marca para a Bolívia; Argentina se salva com Agüero

Um golaço de Sergio Agüero evitou um vexame da Argentina na abertura da Copa América nesta sexta-feira, em La Plata, pela primeira rodada do Grupo A. A Bolívia saiu na frente com gol do brasileiro naturalizado Edivaldo, mas o genro de Diego Maradona garantiu o empate de 1 a 1 em uma noite pouco inspirada de Lionel Messi.


No estádio Ciudad de La Plata lotado (cerca de 50 mil pessoas), os hermanos jogaram mal. Principalmente Messi, eleito o melhor jogador do mundo em 2009 e 2010 e centro do esquema tático de Sergio Batista, baseado no usado por Pep Guardiola no Barcelona para deixar o camisa 10 à vontade. Nascido em Cuiabá e filho de uma boliviana, Edivaldo, que tem o apelido "Bolívia" e atualmente joga no Naval (Portugal) depois de já ter passado por Atlético-PR e Figueirense, teve uma bela ajuda de Banega para fazer o primeiro gol do torneio: após toque de calcanhar do camisa 7 da Bolívia, o volante argentino deixou a bola passar entre as pernas, quase em cima da linha.

A Argentina, que não conquista um título com sua seleção principal desde 1993 (Copa América), volta a campo na próxima quarta contra a Colômbia, em Santa Fé, às 21h45m (de Brasília), pela segunda rodada. A Bolívia vai pegar a Costa Rica na quinta, às 19h15m (de Brasília). Neste sábado, os colombianos encaram os costarriquenhos às 15h30m (de Brasília). Todas as partidas têm transmissão ao vivo do GLOBOESPORTE.COM.

Esquema do Barcelona não funciona


Antes de a bola rolar no estádio Ciudad de La Plata, os argentinos exaltaram Carlitos Tevez nas arquibancadas. O nome do ex-corintiano foi o mais aplaudido quando as escalações apareceram no telão, superando Messi. O nome do camisa 11 também era o preferido nas bandeiras dos torcedores. Na tribuna de honra, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, via a festa perto de Evo Morales, presidente da Bolívia.

Empurrado pela torcida, o time de Sergio Batista começou pressionando. Com Lavezzi pela direita, Tevez na esquerda e Messi pelo meio, os argentinos ocupavam o campo de ataque e deixavam poucos espaços para a Bolívia, que só se preocupava em marcar. Mas os hermanos não conseguiam chutar a gol.

Aos poucos, o esquema à la Barcelona parou de funcionar - onde estava a troca de passes perfeita do time de Pep Guardiola? - e os bolivianos conseguiram chegar perto da área adversária. Aos 12, Marcelo Moreno cobrou falta com perigo, mas Romero defendeu. Dez minutos depois, Edivaldo – brasileiro filho de uma boliviana – arriscou de fora e obrigou o goleiro a defender de novo.

Os sustos acordaram a Argentina. Mesmo sem apresentar um futebol envolvente e sofrendo com a marcação adversária, Messi comandava as jogadas de ataque dos donos da casa. Aos 25, Lavezzi entrou bem pela direita e bateu cruzado, para fora. Aos 30, o camisa 10 driblou um rival e chamou a marcação de outros dois, deixando Tevez sozinho pela esquerda, mas o craque do Manchester City chutou para a defesa de Arias.

Empenhado em conquistar definitivamente o coração da torcida argentina, Messi também fazia questão de demonstrar raça. Aos 35, o melhor do mundo trocou empurrões com Raldes e os dois chegaram a encostar as cabeças enquanto discutiam.

Banega falha, Agüero salva


Após o intervalo, Batista colocou mais um atacante em campo: tirou Cambiasso e escalou Di María. Mas quem balançou a rede foi a Bolívia, logo no segundo minuto da etapa final.: Robles cobrou o escanteio, Edivaldo pegou de calcanhar, a bola passou por baixo da perna de Banega, que estava quase em cima da linha, e entrou. O primeiro gol da Copa América de 2011 foi do brasileiro naturalizado boliviano, com uma bela ajuda do volante argentino.

O 1 a 0 no placar deixou o time da casa nervoso. Principalmente Lavezzi. O atacante levou um cartão amarelo aos dez depois de empurrar e fazer falta feia em Campos – poderia até ter levado o vermelho. Pouco depois, o jogador do Napoli deu uma bela arrancada do meio do campo até a linha de fundo, mas se atrapalhou na hora de cruzar e isolou a bola.

Na base da vontade, a Argentina tentava pressionar. Aos 14, quase saiu o empate: Messi chutou com estilo, de virada, Arias defendeu, bola bateu na cabeça de Gutiérrez e saiu rente ao travessão. Em um contra-ataque aos 20, a Bolívia ficou bem perto de fazer 2 a 0, mas o ex-cruzeirense Marcelo Moreno falhou: o atacante do Shakhtar entrou sozinho na área e tentou driblar Romero, mas o goleiro salvou, Moreno insistiu e chutou em cima do goleiro.

Enquanto a torcida local vaiava os hermanos, Mascherano achou Di María pela esquerda, entre a zaga, e o jogador do Real Madrid chutou rente à trave esquerda aos 21. Com pressão mas sem chutes a gol, Batista mexeu: tirou Lavezzi e colocou Agüero. A mudança deu certo. Aos 30, o genro de Diego Maradona fez um golaço para empatar em 1 a 1: após cruzamento da esquerda de Rojo, Zanetti ajeitou com o peito e o "Kun" acertou uma bomba de primeira, de canhota, sem defesa.

A presença do atacante do Atlético de Madri mudou a Argentina. Três minutos depois do gol, Agüero deu um biquinho que obrigou Arias a salvar a Bolívia, e no rebote Di María chutou por cima. A torcida "acordou" e voltou a apoiar em massa os donos da casa. A pressão continuou, mas o gol não saiu.
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