É como se o Grêmio tivesse dois treinadores desde a saída de Celso Roth. Enquanto Marcelo Rospide assume a linha de frente no comando do time, o diretor-executivo Mauro Galvão dá uma força discreta, mas que ficou perceptível na vitória de 2 a 0 sobre o Universidad de Chile, nesta quarta-feira, em Santiago. O ex-jogador passou boa parte do jogo de pé no banco de reservas, gritando com os atletas, gesticulando, dando orientações. Parecia treinador.

- O Mauro é muito experiente, tem vivência no futebol e pode nos ajudar muito. Como ele está ali no banco, sempre procuro contar com a ajuda dele - comentou Rospide.

Galvão não gosta muito de falar no assunto. Ele não quer que os torcedores confundam a função que ele exerce, de dirigente, com o cargo de treinador.

- Eu fico agitado porque, no calor do jogo, os atletas não conseguem nos ouvir. Mas nós temos é que destacar o excelente trabalho do Rospide, que vem mantendo o time em ótimo nível, com todo o reconhecimento dos atletas - afirmou o ex-zagueiro.

Enquanto conta com os serviços da dupla Rospide/Galvão, o Grêmio tenta definir o substituto de Celso Roth. A preferência é por Paulo Autuori, que está acertado com o clube gaúcho, mas encontra dificuldade em conseguir liberação do Al-Rayyan, do Qatar, antes da metade de maio.