Abatido com o mau desempenho nos treinos livres para o GP da China de F-1, nesta sexta-feira, o brasileiro Felipe Massa, da Ferrari, admitiu que não tem grandes expectativas para a corrida de domingo.

No primeiro treino livre, Massa marcou apenas o 15º tempo, quatro posições atrás de seu companheiro, Kimi Raikkonen, e a 1s084 do mais rápido, o inglês Lewis Hamilton (McLaren).

Na segunda sessão, Massa foi o 12º, a 1s168 do líder Jenson Button (Brawn), que estabeleceu a melhor marca do dia (1min35s679). Raikkonen ficou na 14ª posição.

"Sem o Kers e sem o difusor, não dá para esperar muito da gente", lamentou Massa, citando o fato de a escuderia não utilizar na China o Kers (sistema de recuperação de energia cinética) e nem contar com o difusor diferenciado utilizado por Brawn, Williams e Toyota.

"Só espero chegar na corrida, ter sorte e marcar pontos", disse. "Vamos ver se acontece alguma coisa, talvez uma luz, não sei, para mudar o resultado. Mas não adianta esperar muita coisa."

Segundo Massa, a Ferrari descartou o Kers para a prova de Xangai temendo falta de segurança --o sistema, elétrico, chegou a causar um choque em um mecânico da BMW no ano passado, que foi parar no hospital.

"A gente teve um problema ontem [com o Kers] e não soube solucionar. O Kers não é uma coisa simples, e a gente não vai usá-lo se não tiver 100% de certeza de que ele é seguro", explicou. "Mas se você tira o Kers, perde 0s4, 0s5, dependendo da pista."

O brasileiro ainda tentou manter um discurso otimista. "É muito mais fácil manter o moral alto quando você tem um carro competitivo. Com um carro menos competitivo, é um pouco mais difícil, mas sou um profissional e quero lutar até o final. Já tive carro ruim e lutava com todo tipo de problema", concluiu.