A velha máxima de que o mundo dá voltas é utilizada em inúmeras situações do cotidiano, quase sempre no intuito de mostrar que uma situação ruim pode melhorar. Ou que a oportunidade virá no momento certo. Ou, ainda, que não deve-se descartar algo que lhe pareça inconveniente no momento. Se na vida as mudanças ou oportunidades podem demorar a aparecer, no mundo do futebol a velocidade em que as coisas acontecem é bem maior.

Um exemplo desse dinamismo é o técnico Cuca. Ele assumiu o Cruzeiro no ano passado, levou o time ao vice-campeonato nacional, iniciou o ano com uma campanha brilhante na Libertadores e conquistou o título do Campeonato Mineiro. Mas a eliminação precoce no torneio continental deixou traumas que não foram superados, culminando com o pedido de demissão do treinador após a quinta rodada do Campeonato Brasileiro.

E, apesar do bom retrospecto, o time celeste não venceu nenhum dos cinco jogos que disputou no Brasileirão sob o comando de Cuca: foram três empates (1 a 1 Palmeiras, 1 a 1 Santos e
1 a 1 América-MG) e duas derrotas (1 a 0 para o Figueirense, 2 a 1 para o Fluminense).

Com a saída confirmada no dia 19 de junho, Cuca ficou desempregado até o dia 8 de agosto, quando acertou, nada mais, nada menos, com o Atlético-MG, maior rival do ex-clube comandado pelo treinador.

E de lá para cá, ele continua sem vitórias no Brasileirão, já que em três jogos à frente do alvinegro, perdeu todos (3 a 0 para o Coritiba, 3 a 2 para o Corinthians, e 3 a 1 para o Botafogo). Cuca, inclusive, comandou o time nos dois jogos da Copa Sul-Americana, acumulando outras duas derrotas diante da equipe carioca.

No próximo domingo, o treinador tem outro compromisso duríssimo pela frente. Será a primeira vez dele no maior clássico mineiro no comando do Atlético. A partida, marcada para às 18h (de Brasília) na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, pode piorar ainda mais os números do técnico na competição nacional de 2011. Ou pode ser o começo de uma reação alvinegra, que figura entre os últimos colocados do Brasileirão.