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Sábado, 27 de julho de 2024

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Sem magia: Valdivia completa um ano de Palmeiras sob desconfiança

Quando deixou o gramado depois do jogo contra o Vasco, nesta quinta-feira, pela Copa Sul-Americana, Valdivia completou somente 50% das partidas do Palmeiras desde que retornou ao clube, em agosto do ano passado. Exatos 365 dias depois de sua reestreia como titular, no aniversário de 96 anos do Verdão, o balanço de sua passagem aponta mais pontos baixos do que altos. Agora, no aniversário de 97 anos do clube, a expectativa é de que o Mago se livre de vez das lesões, tenha uma boa sequência de jogos e volte a ser a referência que foi em 2008, quando o time teve sua última conquista – o Campeonato Paulista.


Valdivia participou de 39 das 78 partidas do Palmeiras desde 26 de agosto do ano passado – derrota por 3 a 0 para o Atlético-GO no Pacaembu. Nessa caminhada, o Mago sofreu cinco lesões diferentes, sendo quatro delas na coxa esquerda – duas mais graves. Em polêmica entrevista no mês de maio, o presidente Arnaldo Tirone afirmou que a contratação fora um mau negócio e que o jogador gostava muito da noite. A postura segue a mesma entre diretores e conselheiros, que criticam o alto salário recebido por Valdivia. Homem forte do futebol, o vice-presidente Roberto Frizzo desconversa, apesar de admitir que uma melhora é esperada.

- Claro que ele ainda não fez tudo o que se espera dele, mas teve problemas com lesões que atrapalharam demais a sequência. Agora ele está bem para desempenhar seu melhor futebol, e acho que o Valdivia vai brilhar mais.

O Palmeiras, via Banco Banif, pagou 6,2 milhões de euros (R$ 13,9 milhões) ao Al-Ain-EAU para contar com a volta do Mago. A carta de crédito emitida pelo Banif quitou o valor com os árabes, mas fez o Verdão herdar a dívida com o banco – que vencia em 15 de agosto e foi prorrogada por mais dois meses. Com juros e impostos, o valor a ser pago pode chegar aos R$ 20 milhões. Walter Munhoz, vice financeiro, não confirma o valor com juros e diz que tudo será acertado em breve.

- O Banif é um parceiro e vamos acertar essa dívida da melhor forma. Estamos trabalhando diariamente para viabilizar esse pagamento – assegurou.

Levando-se em conta apenas a quantia paga ao Al-Ain, sem contar vencimentos e luvas ao jogador, cada um dos cinco gols de Valdivia custa R$ 2,8 milhões aos cofres alviverdes. Cada partida com o Mago em campo custou R$ 356 mil.

- São números muito altos para a realidade atual do Palmeiras. Creio que a venda dele seria o melhor caminho, até para acertar logo essa própria dívida com o banco - afirmou um conselheiro próximo a Tirone.

Durante a Copa América, membros da diretoria torciam para que Valdivia fizesse boas exibições e saísse valorizado da competição, atraindo a atenção de clubes europeus. O Mago até jogou bem, mas o Chile foi eliminado precocemente e o meia voltou ao Brasil sem o destaque desejado pelo Palmeiras. Apenas o Al-Ain fez proposta para tê-lo de volta, mas Tirone negou prontamente a investida do clube árabe.

Lesões que dificultam...

Tudo começou com uma persistente fibrose na coxa esquerda, que o incomodou entre outubro e novembro de 2010. O problema se agravou de vez em jogo contra o Atlético-MG no Pacaembu, pela Sul-Americana, quando deixou o gramado com apenas 16 minutos de jogo. O departamento médico detectou uma lesão um pouco acima da fibrose, e o Mago teve de ficar três meses de molho, encerrando ali a temporada 2010. O caso irritou Felipão e colocou em xeque todo o departamento, mas a constatação era a de que a fibrose deixaria o jogador sempre mais propenso a novas lesões.
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