Rubens Barrichello já disputou outras 270 corridas na F-1, mas, no que depender dele, o GP da China, terceira etapa do Mundial, que acontece na madrugada de domingo, a partir das 4h (horário de Brasília), tem boa chance de ser diferente.

Vice-líder do campeonato, cinco pontos atrás de seu companheiro de Brawn GP, Jenson Button, o piloto sabe que o momento é importante para frear o inglês na ponta da tabela.

"Tem que ser aqui", falou Barrichello em Xangai, coincidentemente o mesmo cenário de sua última vitória na F-1, na temporada de 2004, quando ainda corria pela Ferrari --foi a estreia da prova no calendário.

"A gente sabe que quanto mais cedo melhor, mas também não é uma coisa que eu fique pensando muito porque o campeonato é longo e a gente sabe que é sempre difícil segurar um piloto em boa fase", completou o recordista de provas disputadas na categoria.

"Mas uma hora este jogo vira e eu só preciso estar preparado para a hora que virar pra mim. Agora só preciso continuar sorrindo e trabalhando."

Para sorte do brasileiro, apesar de Button vir de duas vitórias nas duas primeiras corridas do ano, o GP da Malásia acabou não rendendo dez, mas cinco pontos ao vencedor por ter sido interrompido após 32 das 56 voltas previstas.

Com isso, uma diferença que já podia estar em oito pontos, não fosse a situação incomum em Sepang, está em cinco.

"Claro que eu gostaria de estar na situação do Button, mas minha vontade de vencer é a mesma e não me sinto pressionado", falou Barrichello.

"Pressão sempre existiu durante a minha carreira e não é uma coisa que me atrapalha. Estou aqui para ganhar."

Mesmo dizendo que não se sente numa posição incômoda, Barrichello larga sabendo que um bom resultado seu combinado com um negativo de seu companheiro pode também acabar com um jejum incômodo que já dura 5.879 dias.

Na F-1 desde 1993, o piloto brasileiro nunca assumiu a liderança do campeonato, nem mesmo durante as seis temporadas em que esteve na Ferrari.

Mas, desde que foi confirmado pela Brawn, Barrichello tem repetido que esta é sua melhor oportunidade de ser campeão.

E o discurso quase pessimista de que este início de ano era a hora de acumular o maior número possível de pontos antes que os times adversários conseguissem, com os novos difusores, alcançar a equipe estreante já ficou para trás.

"Acho que as pessoas também já estão fantasiando demais com isso de que o difusor vai resolver tudo", disse.

"Quero ver como vão ficar as coisas no meio da temporada, quando todo mundo já tiver com os novos difusores e a gente continuar andando na frente", declarou o brasileiro.

NA TV - GP da China, Globo, ao vivo, às 4h de domingo ( Horário de Brasília )