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Sábado, 27 de julho de 2024

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De volta ao Brasil, Fabiana enfrenta o cansaço por evolução: 'Tenho pressa'

Foto: Divulgação

De volta ao Brasil, Fabiana enfrenta o cansaço por evolução: 'Tenho pressa'
Ainda que de centímetro em centímetro, Fabiana Murer tem pressa. Campeã mundial do salto com vara, a atleta não quer estagnar nos 4,85m que lhe deram o título em Daegu, na Coreia do Sul, há pouco menos de duas semanas. Em seu retorno ao Brasil neste sábado, após três meses de viagens e competições no exterior, a dona da primeira medalha de ouro do país em mundiais quer descansar, mas sem tirar da cabeça os sonhados 4,90m.


- Vou ter de treinar para melhorar meus saltos, já pensando nas Olimpíadas. Sempre quis saltar mais de 4,90m e, depois, 5m. Acho que 4,90m é uma marca alta e possível. Vou de 1 e 1 centímetro, mas tenho pressa, sim. Não quero ficar estagnada. Claro, quero antes 4,86m, por conta do recorde sul-americano, mas depende do dia. Se eu me sentir bem, já coloco o sarrafo em 4,90m - disse a atleta, que deixou a medalha escondida da imprensa, à espera da homenagem que vai receber de seu clube, BM&F, na próxima terça-feira.

O avião de Fabiana e de seu marido e técnico, Élson Miranda, pousou no aeroporto de Guraulhos, em São Paulo, às 5h28m. Quando saiu para o saguão, às 6h12m, a atleta encontrou um batalhão da imprensa e abriu um sorriso quando viu seus pais, Vanderlei e Neuza, e irmã, Flávia, além de tias e primos. Antes de voltar para os treinos de olho no Pan-Americano de Guadalajara, seu último compromisso no ano, terá uma semana ao lado da família para matar as saudades.

- Quero descansar, ficar um pouco em casa. Foram três meses viajando. Preciso curtir um pouco a família também - disse Fabiana, que, depois do Mundia, ficou com o bronze na Diamond League - Não estava em um bom dia - explicou.

Dona Neuza, toda orgulhosa, deu os parabéns à nova campeã mundial.

- A gente sempre espera que ela vá bem, mas nunca cheguei a sonhar que ela fosse campeã mundial. Naquele dia, fui a mãe mais feliz do mundo. A cada salto dela, vibrava muito – afirmou.

Élson acredita que o título em Daegu vai aumentar o favoritismo de Fabiana nas competições. O técnico, porém, lembra que a atleta vai precisar trabalhar para continuar melhorando suas marcas.

- O atletismo é um esporte feito em alto nível e rendimento. Para se manter 100%, é difícil. Ela precisa descansar, se poupar um pouco para o Pan. Nosso pensamento foi todo para o Mundial, e isso acaba prejudicando um pouco para o Pan, mas também o nível lá não é tão forte. Para as Olimpíadas, começa tudo de novo, é um outro trabalho. Claro, pelos últimos resultados, ela é favorita, mas tem de melhorar.

Em Guadalajara, Fabiana não espera recordes. Como sua preparação durante o ano foi toda de olho no Mundial, a atleta não acredita que conseguirá melhorar sua marca. Mas a briga vai ser pelo ouro.

- Só tenho mais uma competição no ano. Mas eu quero o ouro. Não espero o recorde sul-americano, talvez só o do campeonato, que é meu, dos Jogos no Rio. Nunca consegui ir tão bem em locais de muita altitude porque precisamos de um tempo de adaptação. Mas vou ter de me adaptar - disse a atleta, que posou para fotos com fãs no aeroporto.
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